Sem previsão de pagamento dos salários atrasados, os trabalhadores da Sidor – administrativo e produção – seguem em greve até a tarde desta terça-feira, dia 24. Em assembleia na última segunda-feira, 23, ficou deliberado que os metalúrgicos da empresa retornarão ao trabalho somente após o depósito dos valores devidos pela fábrica.
De acordo com o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), a empresa havia se comprometido a buscar uma solução para resolver a situação, porém, até o momento, não há previsão de pagamento. Uma nova reunião na tentativa de resolver o impasse entre representantes da Sidor deve acontecer somente nesta quarta-feira, 25.
“O Sindicato segue acompanhando de perto os desdobramentos dessa triste situação, que infelizmente se tornou comum para os trabalhadores da Sidor devido à má gestão e falta de vontade dos patrões em buscar novos investimentos”, criticou o dirigente.
Relembre o caso
Após atrasar o pagamento do 13º e o salário de dezembro dos trabalhadores do administrativo, a empresa Sidor, mais uma vez, não depositou o vale-salário dos metalúrgicos de produção e foi decidido nesta segunda-feira, 23, paralisar os trabalhos na fábrica até que a situação seja normalizada.
Após muita insistência do SMetal e pressão dos trabalhadores, o 13º dos funcionários do administrativo e cargos de gerência foi pago na última sexta-feira, dia 20. Porém, o salário de dezembro, que deveria ser efetuado no dia 5 de janeiro, não foi depositado.
A situação se agravou após a empresa, mais uma vez, atrasar também o pagamento do vale-salário dos metalúrgicos da produção, previsto para sexta-feira, dia 20, e foi deflagrada greve de todos os funcionários.
“Não é a primeira, a segunda, nem a terceira vez que isso acontece. Ano passado foi marcado por diversas paralisações para que os trabalhadores recebessem o que é direito deles, o salário em dia, conquistado em troca da sua mão de obra. Ou os patrões se movimentam em busca de novos investimentos e clientes ou a situação nunca será resolvida”, contou Marcelo.