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Em assembleia, SMetal cobra respeito aos trabalhadores da Forusi

Entre as reclamações dos metalúrgicos está a pressão para realização de horas extras, irregularidade no pagamento de verbas rescisórias e troca de feriado sem negociação; assembleia aconteceu nesta terça-feira, 18

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
A Forusi fabrica torneiras, chuveiros elétricos, entre outros, tem cerca de 150 trabalhadores e fica no Distrito Industrial de Iperó, interior de SP

A Forusi fabrica torneiras, chuveiros elétricos, entre outros, tem cerca de 150 trabalhadores e fica no Distrito Industrial de Iperó, interior de SP

Após receber diversas denúncias de irregularidades praticadas na empresa, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) esteve na Forusi, em Iperó, nesta terça-feira, 18, realizando assembleia para cobrar respeito por parte dos patrões. Entre as reclamações está a constante pressão para a realização de horas extras, irregularidade no pagamento das verbas rescisórias de trabalhadores demitidos e troca de feriado sem negociação com o Sindicato.

Valdeci Henrique da Silva, vice-presidente do SMetal, lembrou que não é a primeira vez que a empresa trata com descaso a pauta dos metalúrgicos. Recentemente, uma trabalhadora sofreu um acidente grave de trabalho e a empresa só registrou a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) após constante cobrança da entidade.

“Infelizmente, a empresa tem tratado os trabalhadores e trabalhadoras com desdém. Por isso, viemos deixar o recado que não vamos mais aceitar esse tipo de descaso e, se necessário for, vamos fazer assembleias mais duras daqui pra frente para cobrar respeito”, enfatizou.

Sobre a troca de feriado, Verdinho criticou que a empresa decidiu, de forma unilateral, que os trabalhadores iriam trabalhar no feriado de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, e em troca, folgariam na segunda-feira, 24. “Porém, a Forusi não cumpriu nem com o que prometeu para os funcionários e fez com eles que trabalhassem na segunda também, com a desculpa de que estariam pagando o dia da festa de confraternização no fim do ano, que será promovida pela própria empresa. Um absurdo”.

Segundo o vice-presidente do SMetal, o Sindicato vai pautar a metalúrgicos para discutir um calendário para a troca de feriados e tratar de outras questões de interesse dos trabalhadores, como a cobrança de horas extras e a forma com que atrasos e ausências vêm sendo descontados dos funcionários.

A Forusi fabrica torneiras, chuveiros elétricos, entre outros equipamentos, tem cerca de 150 trabalhadores e fica no Distrito Industrial de Iperó, interior de SP.

Verbas rescisórias

Sobre as verbas rescisórias, Verdinho alertou que tem recebido denúncias que a Forusi optou por parcelar os valores devidos a trabalhadores que foram demitidos recentemente, porém, se recusa a pagar a multa prevista no art. 477, da CLT. De acordo com a Lei, caso a empresa não pague as verbas rescisórias dentro do prazo de 10 dias, ela é penalizada e passa a dever uma multa ao ex-funcionário.

De acordo com dirigente sindical, o parcelamento não altera o direito à multa, portanto, o Sindicato vai pleitear o pagamento da mesma. “Por isso é tão importante que os trabalhadores e trabalhadoras procurem o Sindicato na hora de fazer a homologação. Por mais que a Lei hoje permita que ela ocorra diretamente entre o funcionário e a empresa, o SMetal possui uma assessoria preparada para orientar os trabalhadores e verificar se todos os direitos estão sendo pagos”, assegurou.

Saiba como deve ser feita a homologação para receber verbas rescisórias.

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