Uma banca com diversidade de frutas, verduras e legumes frescos, além de outros produtos como mel, café e cachaça, produzidos com respeito à natureza e sem agrotóxicos, responsáveis por desencadear problemas de saúde, a preço acessível.
Todas as quintas-feiras, das 9h às 13h30, a agricultora de Iperó (SP) Elizabeth Pereira de Oliveira (Beth) comercializa alimentos da agricultura familiar, no estacionamento do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região (SMetal).
Beth atuou no trabalho de base para fortalecer o acampamento dos trabalhadores rurais em Iperó, em 1992. Hoje, reconhecido como assentamento pelo Incra, as famílias produzem alimentos que são comercializados em várias cidades da região e capital.
A lida na terra não é fácil. Ainda mais para quem está na contracorrente como os produtores orgânicos, na luta desleal
contra a liberação dos pesticidas do governo federal. Já somam 410 novos registros em pouco mais de 10 meses de mandato de Jair Bolsonaro (PSL). Cerca de 30% dos ingredientes de agrotóxicos liberados até setembro são proibidos na União Europeia.
“Nossos produtos são, em sua maioria, de Iperó (Assentamento Ipanema e Bela Vista), mas temos produtos de assentados de Itapeva/SP, Iaras/SP, Espírito Santo, sul de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E o mel de Jatai (nossa primeira experiência com ele) vem de Cianorte/PR”, explica a produtora rural.
Às quintas
Não é preciso encomendar, nem ser sócio do sindicato para ter acesso à banca de alimentos orgânicos. Basta chegar, escolher os produtos e, se quiser, conhecer mais sobre a agricultura familiar, batendo um papo com a Beth, militante da prática agroecológica contra o agronegócio, que devasta territórios e viola os direitos dos povos, disseminando agrotóxicos (ou armas químicas, como preferir).