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Constantes atrasos no pagamento dos salários provoca greve na Sidor

Após a decisão de cruzar os braços, nesta quinta, 6, os metalúrgicos estiveram na sede do SMetal para receber orientações jurídicas sobre possíveis ações a serem tomadas; paralisação segue até que o pagamento seja efetuado

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
Paralisação na Sidor foi decidida pelos trabalhadores em assembleia realizada nesta quinta-feira, 6, na porta da fábrica

Paralisação na Sidor foi decidida pelos trabalhadores em assembleia realizada nesta quinta-feira, 6, na porta da fábrica

Cansados dos constantes atrasos nos salários, os trabalhadores da Sidor paralisaram a produção nesta quinta-feira, dia 6, até que a situação seja normalizada. Após a decisão, tomada em assembleia na porta da fábrica, os funcionários estiveram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) para receber orientações jurídicas sobre possíveis ações a serem tomadas.

Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), dirigente sindical responsável pelas negociações com a Sidor, conta que, além dos atrasos constantes no pagamento do salário e do vale, a empresa não deposita regularmente o Fundo de Garantia (FGTS) há cerca de três anos. A Sidor tem cerca de 50 metalúrgicos, produz autopeças e acessórios automobilísticos e fica localizada na zona industrial de Sorocaba.

“Toda essa situação tem gerado uma enorme insegurança para trabalhadores, que já abriram mão de benefícios e, todos os meses, têm dado um voto de confiança aos patrões quando ocorrem atrasos no pagamento. Não dá mais para esses metalúrgicos continuarem sendo prejudicados com a má gestão da empresa”, enfatiza.

Foguinho/Imprensa SMetal
Na sede do SMetal, os metalúrgicos receberam orientações jurídicas sobre possíveis ações a serem tomadas

Na sede do SMetal, os metalúrgicos receberam orientações jurídicas sobre possíveis ações a serem tomadas

De acordo com Marcelinho, os trabalhadores decidiram cruzar os braços até que o pagamento seja efetuado. “A Sidor tem que parar de tentar transferir a culpa da falta de produção para os trabalhadores. Ninguém trabalha de graça e eles estão cansados dessa situação de que, quando chega perto da data do pagamento, não saber quando e se irão receber”.

Orientações jurídicas

Durante a assembleia com os trabalhadores da fábrica, o Sindicato acionou o departamento jurídico da entidade que, em plenária na sede da entidade, esclareceu todas as dúvidas sobre possíveis ações trabalhistas a serem tomadas.

“Eles foram orientados sobre quais são os eventuais direitos em caso de uma rescisão indireta ou na hipótese de uma ação coletiva pelo Sindicato. Informados também da eventualidade de uma recuperação judicial ou até mesmo a decretação de falência. Todos esses pontos jurídicos foram tratados para que eles possam tomar as decisões conforme acharem melhor”, explicou a advogada Érika Mendes.

Para dúvidas sobre ações individuais, o departamento jurídico solicitou que os trabalhadores agendem um horário com o Plantão Trabalhista. O atendimento pode ser agendado pessoalmente, na sede do Sindicato, pelo telefone (15) 3334-5401 ou WhatsApp (15) 99833-0308.

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