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Catadores vão à Câmara e cobram prefeito por promessa não-cumprida

Catadores haviam programado uma "carrinhada", mas devido à chuva foram à Câmara Municipal

Imprensa SMetal
Arquivo/Imprensa SMetal
Catadores têm ido com frequência à Câmara para buscar apoio dos vereadores pela remuneração pelos resíduos coletados nas ruas de Sorocaba

Catadores têm ido com frequência à Câmara para buscar apoio dos vereadores pela remuneração pelos resíduos coletados nas ruas de Sorocaba

Ao menos 140 catadores de recicláveis de Sorocaba e Região – integrantes da rede solidária Cata-Vida – foram à Câmara Municipal de Sorocaba, durante sessão ordinária na manhã desta terça-feira, dia 5, para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Os catadores, como em todos os anos, tinham marcado uma “carrinhada” pelas ruas centrais de Sorocaba para comemorar a data, mas a chuva impediu a manifestação.

Lippi é cobrado
Durante a passagem pela Câmara, Rita de Cássia Gonçalves Viana, uma das responsáveis pela organização dos catadores em Sorocaba e Região, cobrou o cumprimento de uma promessa do prefeito Vitor Lippi (PSDB) feita aos catadores de Sorocaba há um ano.

Em junho do ano passado, durante a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, Lippi chegou a discursar para os catadores. No discurso ele disse que a Prefeitura pagaria a cada catador, a partir de agosto daquele ano, R$ 40 por tonelada de recicláveis coletados.

“Ele [prefeito] prometeu criar um fundo para remunerar os catadores, mas até agora o fundo não foi criado. Nós precisamos de ações concretas”, reclamou Rita Viana.

Rita acrescentou que os catadores foram bem recebidos na Câmara e que agora conta com o apoio de todos os vereadores, “para que essa categoria tão importante seja reconhecida e que a Prefeitura de Sorocaba cumpra a sua promessa”.

Izídio reapresenta projeto
Diante do não-cumprimento da palavra do prefeito Vitor Lippi (PSDB), o vereador Izídio de Brito (PT) disse que vai reapresentar seu projeto que prevê a remuneração dos catadores.

Desde 2010 o parlamentar tenta aprovar um projeto de lei que garante o pagamento de R$ 103 por tonelada de matérias recicláveis coletados pelos catadores.

Além da remuneração, os catadores continuariam com o material para livre comercialização.

“Estes trabalhadores têm uma importância fundamental, principalmente na defesa do meio ambiente. Se uma empresa particular ganha para recolher o lixo e jogar fora, no aterro, porque não remunerar esses trabalhadores que coletam esses materiais de porta em porta, transformando-os em matéria prima para a indústria, e preservando o meio ambiente”, argumenta Izídio.

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