Após serem informados sobre o atraso no pagamento de parte dos salários, os trabalhadores da Sidor, em Sorocaba, realizaram um protesto de aproximadamente duas horas na manhã desta quinta-feira, 21, em frente à fábrica. A mobilização foi encerrada após a chegada de uma representante da empresa, que afirmou que a situação será regularizada até o fim da tarde.
Segundo o dirigente sindical Alessandro Marcelo Nunes (Marcelinho), representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) nas negociações com a Sidor, assim que foi informado sobre o atraso de parte da antecipação, entrou em contato com a empresa para cobrar o pagamento imediato dos valores.
“Ontem (20 de julho) eles pagaram 50% do vale e informaram que o restante seria depositado somente na próxima segunda-feira (25). Mas o salário é sagrado, o que gerou revolta dos trabalhadores. Com o protesto dos trabalhadores e a insistência do Sindicato, a direção da empresa se comprometeu a pagar os valores devidos até o fim da tarde de hoje”, contou.
Atrasos no FGTS
De acordo com Marcelinho, a situação de crise na empresa é antiga e, além do atraso no salário e corte de alguns benefícios, o depósito do Fundo de Garantia (FGTS) não é efetuado há quase três anos, o que tem gerado insegurança aos trabalhadores.
“Sobre essa situação, ficou definido que será realizada uma reunião, na segunda quinzena de agosto, para discutir o futuro da empresa com o presidente da empresa, que está fora do país. Assim não dá mais para ficar, os trabalhadores merecem respeito”, assegurou.
Ele argumentou que, desde 2019, após decisão do STF, o trabalhador só pode pleitear na Justiça o depósito do FGTS dos últimos cinco anos. “Por isso não podemos mais aceitar atrasos e estamos cobrando constantemente que a situação seja regularizada o quanto antes”, concluiu.
Após a conversa com a representante da empresa e os compromissos assumidos, os trabalhadores retornaram ao trabalho. O vice-presidente do SMetal, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), e o diretor executivo da entidade, Antonio Welber Filho (Bizu), também acompanharam o protesto.
A Sidor tem cerca de 50 metalúrgicos, produz autopeças e acessórios automobilísticos e fica localizada na zona industrial de Sorocaba.