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Vereador e secretário conhecem coleta seletiva de Diadema

Para Izídio de Brito (PT), o sistema de coleta seletiva de Diadema comprova que a remuneração dos catadores é viável

SECOM - Câmara Municipal de Sorocaba
Secom/Camara Sorocaba
Secretário Laino (esq.) e vereador Izídio (centro) durante visita à cooperativa de reciclagem em Diadema

Secretário Laino (esq.) e vereador Izídio (centro) durante visita à cooperativa de reciclagem em Diadema

O vereador Izídio de Brito, acompanhado pelo secretário municipal de Parcerias, Carlos Laino, visitou o Programa Vida Limpa da Prefeitura de Diadema para conhecer de perto o sistema de coleta seletiva do município. O vereador foi recebido pelo secretário de Meio Ambiente de Diadema, Ricardo Silvério de Souza, e visitou as dependências de uma das unidades de processamento de resíduos da cidade.

A visita a Diadema foi requerida pelo Plenário, durante a sessão ordinária do último dia 13 de julho, quando foi retirado de pauta o projeto de lei que institui o Programa Muni-cipal de Coleta Seletiva Solidária, de autoria de Izídio de Brito, a pedido do até então líder da bancada do governo Paulo Mendes, atual secretário de Relações Institucionais da Prefei-tura. O projeto prevê que a Prefeitura pagará o mesmo valor – R$ 103 por tonelada – para os catadores organizados em cooperativas.

Para Izídio de Brito, além de ampliar a coleta seletiva na cidade com inclusão e me-lhora dos rendimentos dos catadores, sua proposta também protege o meio ambiente: “O volume de reciclagem em Sorocaba seria imensamente maior e não haveria nenhum au-mento de custo para a Prefeitura. Ela apenas iria deixar de pagar a empresa pela coleta con-vencional e passaria a remunerar os catadores, como já acontece em Diadema”.

Projeto de Diadema
Criado em 2002 pela Prefeitura de Diadema, o Vida Limpa conta com seis postos de recebimento do material e mais de 100 pontos de coleta seletiva no município e um de seus diferenciais é a remuneração dos catadores de material reciclável por parte da Prefeitura. O grupo de catadores foi organizado mediante a criação da Associação Pacto Ambiental – uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) – e da cooperativa Coperlimpa, Gerando renda para 66 catadores.

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Diadema, o programa trabalha com três prioridades: a preservação ambiental, a inclusão social mediante geração de emprego e renda e a diminuição da destinação final de resíduos sólidos para o aterro sanitário. “Os catadores recebem cerca de 53 reais por tonelada de lixo coletado e, mensalmente, retiram, em média, 100 toneladas de lixo”, afirma o secretário Ricardo Silvério, acrescentando que um dos postos de coleta, com 16 catadores, chega a arrecadar 14 mil reais mensalmente, 2 mil da Prefeitura e o restante de empresas.

Segundo o secretário, Diadema produz 400 toneladas de lixo por dia e as cooperati-vas coletam cerca de 115 toneladas de lixo por mês, o que significa cerca de 2% do total do lixo produzido no município. “O potencial da coleta seletiva em Diadema é de 35 por cento e estamos trabalhando para ampliar o programa”, enfatiza, acrescentando que a Prefeitura criou o Vida Limpa nas Escolas, procurando envolver os alunos da rede municipal e suas famílias no trabalho de coleta seletiva.

Remuneração dos catadores

O vereador Izídio de Brito considera que o grande diferencial do programa de coleta seletiva de Diadema é a remuneração dos catado-res, daí sua sugestão para que a Prefeitura de Sorocaba conhecesse de perto o Programa Vida Limpa. “O programa de coleta seletiva de Diadema tem muito em comum com o programa de Sorocaba e essa visita que fizemos a Diadema comprova que é possível se fazer a remuneração dos catadores através do pagamento por tonelada”, afirma o vereador.

O secretário de Parcerias, Carlos Laino, mesmo ressalvando que os municípios de Diadema e Sorocaba são muitos distintos em termos de tamanho e população (Diadema tem 31 quilômetros quadrados e 397 mil habitantes), também reconheceu que há muitas semelhanças entre os dois processos de coleta seletiva, ainda que considere o de Sorocaba “um pouco mais avançado”. Quanto à proposta de remuneração dos catadores, Carlos Laino afirmou que é “uma proposta a ser estudada dentro do processo de parceria entre o poder público e as cooperativas”.

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