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Autoritarismo e Intolerância

Trabalho de alunos da escola Aggêo é alvo de censura

Um trabalho de escola do ensino médio se tornou polêmica e repercutiu nas redes sociais, na semana passada, por se tratar de uma reflexão sobre a violência policial.

Imprensa SMetal
Foguinho/IMprensa SMetal

Liberdade: Alunos do Aggêo se manifestam pela democracia

Um trabalho de escola do ensino médio se tornou polêmica e repercutiu nas redes sociais, na semana passada, por se tratar de uma reflexão sobre a violência policial.

A partir do estudo do livro “Vigiar e Punir”, de Michel Focault, que neste ano completa 40 anos, o professor de filosofia Valdir Volpato da escola estadual Prof.º Aggêo Pereira do Amaral, em Sorocaba, solicitou aos alunos que fizessem uma discussão e uma reflexão sobre o sistema carcerário no país e sobre a ação da polícia dentro e fora dos presídios.

Um cartaz produzido pelos alunos mostra uma caveira com uniforme da polícia militar e com o emblema da Rota. A PM enviou um comunicado à escola questionando ‘a real qualidade de professor’ do Valdir e ainda afirmou que o trabalho é discriminatório e incita ao ódio.

Além disso, a escola recebeu a presença de policiais que tentaram retirar os trabalhos dos alunos, o que insinuou ser uma tentativa de intimidação a alunos e professores.

Tanto a OAB Sorocaba e a subsede de Sorocaba da Apeoesp, que representa os professores estaduais, repudiaram a intervenção da polícia por ser incompatível com o sistema democrático. O professor também vem recebendo declarações de apoio de profissionais liberais, universitários e de outras entidades pelo Facebook.

Professores da UFSCar de Sorocaba solicitaram moções de apoio por escrito por parte de conselhos de escolas e movimentos sociais de repúdio a essa intimidação contra a comunidade escolar.

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