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Trabalhadores param a produção em protesto contra acidente

Os metalúrgicos da Edscha, em Sorocaba, pararam a produção da fábrica por quatro horas nesta terça-feira, dia 28, para protestar contra um acidente de trabalho que decepou o braço de um funcionário

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Os funcionários estavam indignados, pois a CIPA e o Sindicato já haviam alertado a empresa sobre a possibilidade de acidente na empresa

Os funcionários estavam indignados, pois a CIPA e o Sindicato já haviam alertado a empresa sobre a possibilidade de acidente na empresa

Os metalúrgicos da Edscha, em Sorocaba, pararam a produção da fábrica por quatro horas nesta terça-feira, dia 28, para protestar contra um acidente de trabalho que decepou o braço de um funcionário na semana passada. Os protestos duraram duas horas na entrada do primeiro turno, das 6h às 8h; e mais duas horas no início do segundo turno, das 14h às 16h.

Os trabalhadores se indignaram com o acidente porque a CIPA e o Sindicato vinham alertando a empresa há meses sobre os riscos de haver esse tipo de ocorrência grave dentro da fábrica.

De acordo com o Sindicato, as condições de trabalho e a pressão da chefia por produtividade já haviam causado incidentes de menor gravidade. “Mas estava claro que era só uma questão de tempo para a Edscha fazer uma vítima de mutilação, como aconteceu com Paulo”, afirma Valdeci Henrique da Silva, secretário de Organização do Sindicato.

“A postura arrogante e autoritária da empresa, que sequer enviou a CAT [Comunicação de Acidente de Trabalho] ao Sindicato e ainda desrespeitou o comitê sindical quando este buscou informações sobre o acidente, agravou a revolta dos trabalhadores”, conclui o dirigente.

O acidente

O metalúrgico Paulo Manuel Apolinário, de 23 anos, teve o antebraço esquerdo decepado durante acidente de trabalho na quinta-feira, dia 23, na empresa Edscha, na zona industrial de Sorocaba. O acidente aconteceu às 8h quando Paulo operava um equipamento chamado Serra de Perfil, que corta dobradiças de portas para veículos automotores.

Paulo foi atendido pelo SAMU e levado ao Hospital Unimed, onde passou por cirurgia ainda no dia 23. Como não houve possibilidade de reimplante, o braço do metalúrgico foi amputado acima do cotovelo.

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