A data-base da categoria metalúrgica é dia 1º de Setembro, ou seja, as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) são válidas até o dia 31 deste mês.
Neste ano, assim como em 2017, as reivindicações da Campanha Salarial passam pela não aplicação da Reforma Trabalhista durante as negociações com os grupos patronais.
Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) enviou um Termo de Compromisso para as empresas que enviaram representantes na reunião do dia 20, para que assinem e respeitem as negociações da Campanha, não promovendo demissões em massa, nem terceirização e/ou outras medidas possíveis devido à nova legislação trabalhista.
“No ano passado, conquistamos a cláusula da salvaguarda na Convenção Coletiva, que impede as empresas de aplicarem a Reforma sem negociar com o Sindicato, mas a nova legislação impõe o fim da ultratividade. Ou seja, se não tiver Convenção Coletiva assinada até o dia 1º de setembro, nossa data-base, os trabalhadores ficariam desprotegidos”, explica o presidente do SMetal, Leandro Soares.
Acordos por empresas
Durante a reunião do dia 20, no sindicato, com as empresas de vários segmentos, o presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEM/CUT), Luiz Carlos Dias (Luizão), explicou a necessidade e urgência dos grupos patronais assinarem as Convenções Coletivas de Trabalho.
De acordo com Luizão, se não houver avanços, as empresas receberão aviso de greve na primeira semana de setembro.
O G10 foi o único que não se manifestou, apesar da FEM/CUT ter começado as mesas de negociações permanentes em março deste ano. Esse é o grupo patronal que representa os segmentos de funilaria e móveis de metais, mecânica, reparação de veículos e acessórios, equipamentos odontológicos, médico e hospitalares, lâmpadas e aparelhos elétricos.
Para evitar que os trabalhadores fiquem sem proteção e garantias trabalhistas, o Sindicato dos Metalúrgicos, com o apoio da Federação, iniciará os acordos por empresas no G10.