Em pleno Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta quarta-feira, dia 3, é preciso falar sobre a censura e o assédio moral ocorridos na redação do centenário jornal Cruzeiro do Sul, na sexta-feira, dia 28.
A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) repudia o grave assédio moral e ataque à liberdade de imprensa ocorrida na sexta-feira, dia 28, dia da Greve Geral, sofrida pelos jornalistas da redação do jornal Cruzeiro do Sul.
A censura e o assédio ocorridos são similares às práticas autoritárias de um regime civil-militar.
Além da censura dos textos jornalísticos sobre o dia de greve, os profissionais da redação foram constantemente ofendidos durante o dia por parte da direção da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), liderado pelo maçon da Loja P-III e promotor de justiça Antonio Farto Neto. A ação autoritária ditou a manchete e os textos do jornal, retirando qualquer isenção e imparcialidade jornalística.
Toda a diretoria do SMetal e coordenação da subsede de Sorocaba da CUT se solidarizam com os jornalistas, incluindo o editor-chefe Jose Fineis, que sofreram a ação mais truculenta da história do jornal.
No dia, o presidente da FUA, José Augusto Marinho Mauad (Gugo) e o editor-chefe, José Carlos Fineis, não estavam presentes no jornal. Gugo estava fora da cidade e Fineis em licença saúde.
Triste episódio
De acordo com a denúncia recebida pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, regional Sorocaba, o promotor Farto Neto esteve na redação acompanhado alguns integrantes dos conselhos da FUA, entre eles Francisco Antônio Pinto (Chicão), Valdir Euclides Buffo Junior, César Augusto Ferraz dos Santos, Tiberany Ferraz dos Santos, diretores da Vila dos Velhinhos de Sorocaba e o presidente da FUNDEC, Luiz Antônio Zamuner.
Também estavam presentes ao fatídico episódio o coronel Antônio Valdir Gonçalves Filho, comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI/7), e o atual secretário de Segurança e Defesa Civil da prefeitura de Sorocaba, José Augusto de Barros Pupin.
A chegada desses integrantes na redação, de forma intimidatória, foi carregada de ofensas e ameaças e gritos. “O promotor afirmou que o êxito da greve geral era responsabilidade da manchete do jornal Cruzeiro do Sul da sexta-feira, 28, e que era preciso ‘limpar o desserviço feito’”.
Confira aqui texto do Sindicato dos Jornalistas sobre o assunto.