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SMetal e FEM-CUT/SP realizam palestra sobre 60 anos do golpe nesta quinta, 11

Ex-preso político e ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, fala sobre a luta por memória, verdade e justiça na sede do SMetal

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para participar, é necessário confirmar presença até às 17h na terça-feira, 9, por meio do telefone (15) 99635-5456.

Com o tema “Lembrar para não repetir”, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), em parceria com a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP), realiza palestra sobre os 60 anos do golpe militar na próxima quinta-feira, 11.

O convidado especial, Paulo Vannuchi, dará uma aula na sede do SMetal, às 15h. Para participar, é necessário confirmar presença até às 17h na terça-feira, 9, por meio do telefone (15) 99635-5456.

A atividade abre as celebrações de 70 anos do SMetal, comemorado no dia 12 de abril. Com o mote “Orgulho de ser metalúrgico”, diversos eventos estão previstos ao longo deste ano para registrar a importância da categoria na história da cidade e apresentar as perspectivas do Sindicato para os próximos anos.

Para o presidente do SMetal, Leandro Soares, é necessário resgatar a memória de um período tão difícil para quem lutou pela democracia no país, que segue ameaçada ainda hoje.

“Esse processo é fundamental para que a nossa sociedade não repita esse tipo de atrocidade. A nossa luta é constante, porque sabemos que o fascismo, ainda hoje, despreza as instituições democráticas. Ter esta atividade abrindo a nossa celebração dos 70 anos é importante para que fique registrado a nossa luta por democracia e direitos”, ressalta.

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, reforça que o período da ditadura atacou todos que defendiam valores democráticos e os Direitos Humanos e que é necessário lutar por justiça, considerando que militares, inclusive torturadores, foram anistiados. 

“Queremos marcar os 60 anos do golpe para garantir que a justiça seja feita para as pessoas que sofreram com mais dureza o peso da ditadura e assegurar que isso não se repita, como no arriscado episódio de 8 de janeiro [se referindo à invasão dos prédios dos Três Poderes por parte de bolsonaristas”, afirma Erick.

Paulo Vannuchi, um lutador

Ainda na noite do dia 11, Paulo deve participar de palestra na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) também sobre os 60 anos do golpe militar.

O jornalista e cientista político foi preso e torturado pela ditadura, em 1971, quando participava do Movimento Estudantil. É primo do sorocabano Alexandre Vannuchi Leme, jovem assassinado pelos militares em 1973.

Foi cofundador do Instituto Cajamar, centro de formação política e sindical e ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República entre 2005 e 2010, contribuindo com o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH).

Ao longo dos anos, dedicou-se ao assessoramento político de parlamentares e sindicatos, além da divulgação dos crimes cometidos pela ditadura militar.

Serviço:

O que: “Lembrar para não repetir”: 60 anos do golpe militar

Quando: 11 de abril

Horário: a partir das 15h

Onde: Na sede do SMetal, que fica na Rua Júlio Hanser, 140, Lageado, próximo à rodoviária.

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60 anos do golpe ditadura militar FEM/CUT-SP justiça memória palestra paulo vannuchi
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