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Saúde da trabalhadora é prioridade para a FEM-CUT

A manutenção da cláusula que garante estabilidade de até 60 dias à trabalhadora que sofre aborto espontâneo é defendida pelos representantes da FEM-CUT/SP, nas mesas de negociação com o patronal

Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Divulgação
Convenção Coletiva garante estabilidade de até 60 dias à trabalhadora metalúrgica que sofre aborto espontâneo

Convenção Coletiva garante estabilidade de até 60 dias à trabalhadora metalúrgica que sofre aborto espontâneo

A manutenção da cláusula que garante estabilidade de até 60 dias à trabalhadora que sofre aborto espontâneo é defendida pelos representantes da Federa­ção Estadual dos Metalúrgicos da CUT, FEM-CUT, nas mesas de negociação com o patronal.

A secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, reforça a im­portância do direito conquis­tado. “Para nós a saúde física e psicológica da trabalhadora é prioridade. Entendemos que esse tempo de estabilidade traz um pouco mais de tranquili­dade à mulher que passou por essa situação tão delicada, por isso não vamos deixar que o patronal mexa nesse direito conquistado”.

Além da atenção aos cuida­dos necessários à mulher que passa por este tipo de situação, a dirigente também destaca uma questão mais ampla que esteve em debate no País no início deste mês, a votação sobre a descriminalização do aborto.

Nos dias 3 e 6 o Supremo Tri­buna Federal, STF, promoveu uma audiência pública para discutir o assunto. Ao longo de dois dias, 50 entidades médicas, religiosas e jurídicas, além de movimentos sociais, fizeram suas exposições, das quais 32 se manifestaram a favor da descriminalização; 16, contra e 2 não deixaram clara a posição. A data para a votação da ação movida pelo PSOL que pede a liberação do procedimento até a 12.ª semana de gestação, ainda não está definida.

“Entendemos que discutir a descriminalização do aborto no Brasil é uma questão de saúde pública e de proteção da vida das milhares de mulheres que morrem todos os dias em clínicas clandestinas”, lembrou.

O mais recente dado indica que entre 2006 e 2015, o Brasil registrou 770 óbitos por aborto no Sistema Único de Saúde, SUS. Um estudo coordenado pela antropóloga Débora Di­niz, professora na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, que participou da audi­ência pública, mostra que mais de meio milhão de mulheres realizam aborto inseguro todos os anos no País.

“Diante desse cenário assus­tador, fica claro que no Brasil o aborto é permitido sim, porém só para as mulheres ricas que podem pagar altos valores em clínicas bem estruturadas ou até fora do País”, criticou.

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