Protesto: Catadores esperam 4 horas na prefeitura, na sexta-feira, dia 7, e não foram atendidos
Sob alegação de contenção de gastos, a prefeitura de Sorocaba pretendia que os catadores da Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba (Coreso) desocupassem o galpão de trabalho na Avenida Itavuvu no final de semana. Mas um protesto dos trabalhadores no Paço Municipal na sexta-feira, dia 7, fez o governo recuar e marcar uma negociação para segunda-feira, 10, na qual o despejo foi suspenso até que a administração encontre outro local para instalar o galpão de reciclagem.
Uma dos locais possíveis para transferir o trabalho dos catadores é o galpão que já era utilizado por eles no Parque Vitória Régia, que pegou fogo no início deste ano e que até hoje não foi reformado pela prefeitura. Na reunião desta segunda, foi marcado um novo encontro entre secretários municipais e Coreso, para quarta-feira, dia 12, às 9h, no Paço. O objetivo é definir um cronograma de reformas no galpão incendiado.
Participaram da reunião nesta segunda-feira João Leandro, secretário de Governo; Oduvaldo Denadai, secretário de Serviços Públicos; Patrícia de Sene, presidente da Coreso; Naiçara Garbin e Carlos Roberto de Gáspari, diretores da ONG Ceadec; os vereadores Izídio de Brito Correia e Carlos Leite (ambos do PT); e o presidente da Câmara, Cláudio do Sorocaba 1 (PR).
Ocupação de antessala
O protesto de 40 catadores na sexta-feira, na antessala do prefeito Antônio Carlos Pannunzio, durou quatro horas, das 14h45 até pouco antes das 19h. Ninguém da equipe de primeiro escalão da prefeitura atendeu aos trabalhadores.
Por meio de vereadores que estavam mediando a tentativa de diálogo, o secretário Oduvaldo garantiu, por telefone, no início da noite, que receberia uma comissão da Coreso na tarde de segunda-feira.
Saiba mais
• A Coreso conta com 80 catadores, sendo 27 no galpão da Itavuvu. Eles retiram das ruas cerca de 150 toneladas de materiais recicláveis por mês.
