O preço ao consumidor da gasolina comum subiu pela segunda semana seguida e atingiu o valor médio no país de R$7,270 o litro, o mais alto já registrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O recorde anterior foi verificado na semana de 13 a 19 de março, quando o combustível estava sendo vendido a R$ 7,267, a primeira vez acima de R$ 7.
Dados do Sistema de Levantamento de Preços (SLP) da ANP indicam que, na semana entre 17 e 23 de abril, a média por região foi menor no Sul, com R$ 7,109, e maior no Centro-Oeste, com R$ 7,440. O maior valor encontrado para a gasolina foi R$ 8,559 e o menor, R$ 6,190. A pesquisa envolveu 5.235 postos de abastecimento.
Na semana anterior, o preço médio do litro da gasolina no país estava em R$ 7,219 e, na semana de 3 a 9 de abril, em R$ 7,192. O aumento verificado da segunda para a terceira semana de abril foi de 0,7%. Na semana anterior, o crescimento havia sido de 0,37%.
A escalada do preço da gasolina se acentuou no ano passado. A primeira vez que o litro da gasolina comum passou de R$ 5 foi em março do ano passado, quando os postos do país cobraram, em média, R$ 5,484 pelo litro do combustível. Em setembro do ano passado, o valor chegou a R$ 6,078.
A política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras foi adotada em outubro de 2016, fazendo com que o preço dos derivados de petróleo no país fosse calculado com base nas variações no mercado internacional. O valor passou, então, a ser fortemente influenciado pelas mudanças no preço do dólar e do barril de petróleo e sujeito a reajustes mais frequentes, que chegaram a ser diários.
Preços em Sorocaba
Na cidade de Sorocaba, entre os dias 17 e 23 de abril, o preço médio da gasolina comum era de R$ 6,850, um pouco abaixo que no Brasil. O maior valor encontrado foi R$ 7,399 e o menor, R$ 6,399. Os dados são da ANP e são analisados os preços em 26 postos da cidade.
Leandro Soares, presidente do SMetal, lembra que a alta nos combustíveis deve afetar também o preço de outros itens e serviços. “Além da gasolina, outros tipos de combustíveis, como óleo diesel, etanol e gás veicular, já apresentam alta na previsão para a inflação do mês de abril. Não tem para onde correr e vai provocando uma reação em cadeia que, no final, sobra para o trabalhador pagar a conta”, lamenta.
O gás de cozinha também tem sofrido aumentos sucessivos que, na semana passada, atingiu o maior patamar de representação sobre o salário mínimo em 15 anos, custando o equivalente a 9,36% do valor atual, que é de R$ 1.212 (saiba mais).