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“Precisamos nos preparar para atender à demanda da transição energética e o papel do trabalhador nesse debate”, diz presidente do SMetal

Em visita à Usina Cocal, Leandro Soares ressalta os desafios sobre a transição justa para os trabalhadores com as transformações climáticas, pauta que tem sido uma das principais bandeiras do movimento sindical sobre o aquecimento global

Amanda Monteiro/Imprensa SMetal
Divulgação

Além do etanol, foram discutidos aspectos como biometano e biogás, evidenciando a diversificação e o compromisso com fontes renováveis.

Na última quinta-feira, dia 25, a convite da Copersucar, comercializadora global de açúcar e etanol, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares, realizou uma visita na Usina Cocal em Narandiba, considerada uma das mais completas na questão energética. Para ele, “precisamos nos preparar para atender à demanda da transição energética e o papel do trabalhador nesse debate”.

Durante a visita à usina, que produz energia limpa, sustentável e com menor emissão de carbono com cana-de-açúcar, foram ressaltados os esforços do país na busca por uma outra matriz energética. Além do etanol, foram discutidos aspectos como biometano e biogás, evidenciando a diversificação e o compromisso com fontes renováveis.

“Essa usina é um exemplo de que o Brasil possui energia renovável, mas é preciso ficar atento sobre a situação dos trabalhadores que vão viver esta mudança do mundo trabalho com a transição do uso desta energia poluidora para a energia limpa”, destacou o presidente.

Segundo Leandro, é mais do que necessário debater as demandas dos trabalhadores sobre uma transição que seja justa para todos. “Pauta que tem sido uma das principais bandeiras do movimento sindical sobre a crise climática e os desafios que ainda vamos viver diante do futuro do trabalho na indústria. O SMetal defende que a classe trabalhadora não seja prejudicada nesse processo”.

Proteção aos trabalhadores

Além disso, a visita teve como objetivo não apenas conhecer as novas fontes renováveis, mas também discutir e se preparar para os desafios relacionados à proteção dos empregos e à formação qualificada dos trabalhadores.

Para isso a transição justa propõe que seja desenhado e implementado um conjunto de políticas para garantir que a transição e o caminho para uma produção com baixas emissões de gases de efeito estufa ofereçam ao mesmo tempo condições de vida e trabalho dignas, respeito aos direitos humanos e igualdade de oportunidades para as trabalhadoras, trabalhadores e comunidades implicadas, especialmente nos povos e nações do sul global.

“Como trabalhador e, também, representante da categoria metalúrgica, é crucial que nos preparemos para garantir que essa transição seja equitativa tanto para o meio ambiente quanto para os nossos colegas de fábrica”, destaca Leandro.

Com 88% da matriz elétrica limpa, o Brasil já é líder da transição energética no mundo para uma economia mais sustentável. A visita à usina de cana-de-açúcar reforça o compromisso do país com a inovação e o desenvolvimento de soluções energéticas ambientalmente responsáveis.

Segundo a Agência Gov, em 2023, o País atingiu a menor taxa de emissão de gás carbônico por megawatt/hora de energia elétrica gerada em 11 anos. O número é atribuído à entrada de fontes renováveis, como hidrelétricas, usinas eólicas e solares, no Sistema Interligado Nacional (SIN). Além disso, o cenário hídrico favorável e as ações do Governo Federal para a descarbonização do setor também contribuíram. 

Leandro Soares finaliza dizendo que o SMetal reitera seu compromisso com a categoria metalúrgica e com a classe trabalhadora como um todo.

“O desemprego, a pobreza, a fome e a destruição do meio ambiente causada pelo capitalismo representam uma ameaça de danos permanentes ao nosso planeta, aumentando os riscos especialmente para a classe trabalhadora. Precisamos municiar nossa categoria metalúrgica de informação e, principalmente, formação para enfrentar esse novo modelo de ‘fazer acontecer’ dentro das indústrias”. 

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