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Polícia Federal pede prorrogação de prisões

A PF pedirá, na justiça, a prorrogação das prisões temporárias dos oito acusados de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro em casa de câmbio em Sorocaba. As somas eram enviadas ao exterior

Jornal Cruzeiro do Sul

A Polícia Federal pedirá hoje na justiça a prorrogação das prisões temporárias dos oito acusados de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro, com o envio mensal de valor milionário para o exterior, por meio de três empresas de fachada na Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA). A informação é do delegado Valdemar Latance Neto, chefe da Unidade de Inteligência da Polícia Federal, que comanda as investigações do caso batizado como Operação Flórida. Das oito pessoas presas, seis são da cidade, e duas da Capital. Todos os presos estão recolhidos na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. As ações financeiras irregulares aconteciam pelo menos a partir de 2012.

De acordo com o delegado que preside o inquérito, além do pedido de prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária, também não está descartada a possibilidade de requerer a prisão temporária. Valdemar Latance manteve a postura de não revelar nomes, sendo que essa também é postura da instituição.
Além do pedido de manutenção das prisões, o delegado informou que os trabalhos vem transcorrendo com análises dos documentos apreendidos, bem como pelas audiências que vêm sendo prestadas por suspeitos de integrar o esquema.

Entenda o caso

O esquema que aconteceria pelo menos desde 2012, começou a ser investigado em Sorocaba em abril do ano passado, a partir da colaboração internacional do serviço de inteligência norte-americano. Conforme o que já foi apurado, um empresário de Sorocaba é acusado de comandar o esquema de lavagem de dinheiro enviando, por mês, US$ 10 milhões, em contas de três empresas de fachada em funcionamento na Flórida. Além do empresário foram presas mais cinco pessoas na cidade, entre as quais sua esposa. Em São Paulo outras duas pessoas fora presas também. Desse total seis são homens.

O empresário acusado é dono de uma casa de câmbio situada na avenida Barão de Tatuí, no centro da cidade. Já as empresas sediadas na Flórida e comandadas pelo empresário da cidade recebiam o dinheiro enviado ilegalmente pelos laranjas.A atividade era oferecida para pessoas interessadas em depositar dinheiro no exterior sem o pagamento de impostos. As maiores quantias eram depositadas dos EUA para contas bancárias da China, onde eram usadas para pagamento de fornecedores.

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