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Plano Popular de Emergência é lançado em Sorocaba

Comitê de Sorocaba da Frente Brasil Popular lançou o plano na sede do SMetal, na noite dessa terça-feira, 7

Imprensa SMetal
A mesa foi composta por Barbara, Yuri Silva e Ademilson Terto da Silva

A mesa foi composta por Barbara, Yuri Silva e Ademilson Terto da Silva

O lançamento do Plano Popular da Emergência ocorreu na sede do SMetal, na noite dessa terça-feira, dia 7, e abordou os eixos de atuação das entidades progressistas para curto e médio prazos. O evento também apontou que a luta organizada é a saída para a crise pela qual o Brasil atravessa.

A atividade foi construída pelo comitê de Sorocaba da Frente Brasil Popular com o objetivo de fazer essas reflexões sobre as conjunturas estadual e nacional, além de apontar caminhos para dar continuidade aos trabalhos dos movimentos sociais e sindicais.

Contribuíram com o debate a militante do comitê estadual do Levante Popular da Juventude, Barbara Pontes, o coordenador da subsede da CUT Sorocaba, Ademilson Terto da Silva e o militante do comitê municipal do Levante, Yuri Silva, que coordenou a mesa.

Um dos desafios destacados por Yuri foi o de apontar para a população uma saída para essa grande desmobilização dos setores progressistas depois de intensa resistência ao golpe. “Esse período de 2015 para cá, causou um grande desgaste na militância, mas também na sociedade não organizada por falta de perspectivas de melhorias”.

Criada como instrumento de resistência e de enfrentamento ao golpe, que tirou do governo federal Dilma Rousseff, a Frente Brasil Popular reúne entidades progressistas do país, de vários segmentos da sociedade como estudantes (UNE, Levante), mundo do trabalho (CUT, CTB e sindicatos filiados como o SMetal), entre outras.

Em sua fala, Bárbara ressaltou que a partir das junções dos acúmulos de cada organização foi criado um plano e dividido em 10 eixos para ações a curto e médio prazos para melhorar a vida do povo, melhorar as condições sociais, políticas e econômicas do Brasil, sem retirar direitos do povo.

A organização como saída

“Esse plano não será implantado pelo governo Temer. Por isso, é necessário consolidar um novo governo que se comprometa a implantar esse Plano Popular de Emergência”, alertou.

O que fica de perspectiva é o acúmulo de forças para 2018. A necessidade de enraizar e massificar as organizações. Aproveitar esse momento, de insatisfação no mundo do trabalho, com as perdas de direitos trabalhistas, a falta de oportunidades para os jovens, o caos social em relação à mulher (aumento de assédio, do machiscmo) como elementos para aproximar o povo da luta organizada, tendo em vista a organização como saída.

Nesse processo de construção da luta os palestrantes ressaltaram a necessidade de se apontar a Frente Brasil Popular como agrupamento das forças progressistas para trazer novas organizações, como coletivos de cultura, de mulheres, considerando as instâncias municipal, estadual e nacional da Frente para somar positivamente nessa construção para 2018.

Direita perdida

Durante o lançamento do plano em Sorocaba foi reforçado também que a direita deu um golpe e não entregará o governo de mão beijada. A elite brasileira já está se preparando para inviabilizar qualquer candidatura de esquerda que possa ameaçar a continuidade deles no governo. O Lula é com certeza o nome que ameaça.

“Dentro da direita existem também muitas rupturas e divergências, nas diversas instancias e falta de um nome da direita neoliberal. Há uma disputa de protagonismo na direita. Eles têm como objetivo usar a eleição de 2018 para legitimar o golpe”, lembrou Bárbara.

Mudanças trabalhistas

Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Ademilson Terto da Silva, comentou sobre os prejuízos que a nova legislação trabalhista acarretará aos trabalhadores.

Pouco antes do lançamento do Plano, Terto estava em São Paulo participando de um encontro na CUT-SP que debateu os impactos na sociedade com a Reforma Trabalhista entrando em vigor, no próximo dia 11.

“Cada categoria tem sua especificiadade. Os bancários, por exemplo, será uma categoria que será terceirizada em massa. Trabalhadores de manutenção, limpeza, serão contratos de curta duração. A rotatividade nesses empregos que já tem uma característica de serem precarizadas, será ainda mais alta após entrar em vigor a nova lei”, declara.

Trabalho intermitente e outras modalidades foram explicadas por Terto, que afirma: “o tempo que você leva para preparar uma atividade de trabalho não será mais válido. As pessoas vão trabalhar muito mais para receber menos do que recebem atualmente”.

“Com os empregos que possam ser feitos remotamente, o que deve acontecer é que sejam terceirizados ou contratados temporaramente. Isso acarreta em perda de direitos porque não receberá vale alimentação, vale transporte e ainda terá que arcar com parte das despesas do próprio trabalho como internet”.

O coordenador da subsede da CUT afirmou também o compromisso de todos os presentes no evento para o ato nesta sexta-feira, dia 10, contra a Reforma Trabalhista. O SMetal enviará ônibus para participar do grande ato na capital paulista.

Efeito cascata

Durante o lançamento, a questão do projeto do governador de Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), de congelar investimentos por 20 anos dos servidores públicos, também foi debatida.

Os debatedores destacaram que esse projeto teve embasamento na PEC 55, de Michel Temer (PMDB), que congelou os investimentos sociais do país por 20 anos. “É um efeito cascata, que pode acabar legitimando iniciativas como essa do Alckmin e até pode motivar governos municipais de direita a fazerem o mesmo”, alerta Terto.

Ele aproveitou para fazer um convite para o público presente participar dos debates na Assembleia Legislativa de São Paulo para combater essa proposta do Geraldo Alckmin.

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