O que a ação coercitiva de Lula representa para a sociedade brasileira? Por que a Globo e algumas revistas de grande circulação já estavam de tocaia em frente à casa de Lula antes da chegada dos policiais federais? E que relação há entre essa orquestração midiática com a manifestação de direita agendada para o próximo dia 13?
São perguntas fundamentais para se compreender os interesses que estão movendo ações com o apoio midiático para causar constrangimento público ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a possibilidade de sua candidatura em 2018.
Mas não se trata apenas de ataques diretos a Lula e a um partido de esquerda. Significa ataques sólidos ao Estado democrático de Direito. Significa que um juiz está passando por cima da Constituição, da jurisprudência, para fazer valer a sua própria vontade e por uma elite assustada.
Além de fazer valer, à força, sua vontade, Moro está representando essa parcela pequena, muito pequena, que está apavorada com a possibilidade de Lula em 2018. E é essa turma que, por contar com total apoio de grandes veículos de comunicação, conseguirá levar para as ruas uma manifestação neste domingo, dia 13.
Mas o que eles vão pedir? Eles não estão representando o povo, os trabalhadores! Pelo contrário, eles são contra partidos progressistas que lutam para favorecer os assalariados.
Ou então, por que um ex-presidente que promoveu a retomada do emprego, que tirou milhares de pessoas da pobreza, que gerou renda e inclui milhares de jovens pobres nas universidades está tirando o sono da elite?
Justamente porque essa parcela de empresários, industriais e políticos, com apoio de grandes veículos de comunicação e com alguns apoiadores no sistema judiciário não toleram que o trabalhador tenha direitos a PPR, a licença médica, à garantia de emprego, ao FGTS e a um ambiente seguro de trabalho.
Eles estão orquestrando um golpe de Estado e é contra você, trabalhador! Não pensem que estão lutando pelos seus direitos. Essas manifestações marcadas para este domingo tem caráter de elite, de retrocesso. É preciso compreender e se defrontar com a História para não repeti-la.
É essa mesma elite, representada no Congresso Nacional, por deputados e senadores conservadores, que querem promover o retrocesso nos direitos dos trabalhadores, assim como liberar totalmente a terceirização e a precarização do trabalho.
O Brasil vive momento decisivo em que a democracia está em risco e os direitos fundamentais estão sendo violados. Vamos às ruas nos dias 18 e 31 para mostrar nossa união por um Brasil de ascensão social, justo e livre de corrupção.
Se a Lava Jato quisesse realmente acabar com a corrupção no Brasil investigaria as citações de desvios de verba e propinas que acusam tucanos como o Aécio Neves.
Mas a questão é que a elite não tolera mais inclusão social e quer, a todo custo, ganhar mais lucros. Para isso, é preciso tirar Lula da cena política. Isso justifica a perseguição. Conclamamos a classe trabalhadora a resistir ao golpe!