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Cláusulas Sociais

Negociações da Campanha Salarial com o Grupo 3 emperram

Na quarta-feira, dia 20, aconteceu a sexta rodada de negociação com o Grupo 3, que reúne os sindicatos patronais dos segmentos de peças, parafusos e forjaria; G3 insiste em retirar direitos da CCT

Imprensa FEM-CUT/SP
Marina Selerges/ Imprensa FEM-CUT/SP
Segundo Luizão, o G3 tem condicionado a assinatura da Convenção Coletiva à retirada da estabilidade a trabalhadores acidentados e com doença profissional

Segundo Luizão, o G3 tem condicionado a assinatura da Convenção Coletiva à retirada da estabilidade a trabalhadores acidentados e com doença profissional

Na manhã da última quarta-feira, dia 20, aconteceu a sexta rodada de negociação com o Grupo 3, que reúne os sindicatos patronais dos segmentos de peças, parafusos e forjaria. O encontro aconteceu na sede da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT São Paulo, a FEM-CUT/SP, em São Bernardo do Campo.

Diante da aprovação da Reforma Trabalhista e da aproximação do início da vigência das mudanças, a FEM-CUT/SP tem como objetivo garantir os direitos dos metalúrgicos e metalúrgicas da base. “A Convenção Coletiva de Trabalho é como se fosse a bíblia do trabalhador dentro da fábrica, é este documento que garante direitos para a categoria”, explicou Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.

O Grupo 3, que está há 3 anos sem assinar a Convenção, insiste na retirada de direitos. Um dos ataques da bancada patronal é contra as garantias previstas na CCT aos trabalhadores acidentados e portadores de doença profissional.

No Brasil, apenas os trabalhadores da base da FEM-CUT/SP ainda tem esse direito garantido. “Eles estão condicionando a assinatura da Convenção à retirada desses direitos do documento”, explicou Luizão. “Apesar da melhora nos indicativos econômicos de alguns segmentos do grupo, o cenário não é o ideal. O momento é delicado por conta da aproximação do início da validade da reforma trabalhista e apenas com muita mobilização da categoria poderemos reverter esse cenário, iniciar o debate da cláusula econômica e assinar a Convenção que garanta nossos direitos”, finalizou Luizão.

Para pressionar os patrões, os sindicatos da base da FEM-CUT/SP, como o SMetal, irão intensificar a mobilização nos próximos dias. Nova rodada de negociações com o Grupo 3 deve acontecer na próxima semana.

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