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Metalúrgicos do Espírito Santo entram em greve por tempo indeterminado

Sindicato aguarda nova proposta dos patrões. Enquanto isso, trabalhadores permanecem de braços cruzados

CUT Brasil

Os metalúrgicos capixabas estão em greve em todo o Estado por tempo indeterminado. A greve foi deliberada pelos trabalhadores desde sexta (23) em assembleias que foram realizadas em todo o Espírito Santo. Os trabalhadores decidiram cruzar os braços até os patrões apresentarem uma proposta digna que atenda os anseios da categoria. Os patrões estão irredutíveis e persistem com a mesma proposta com reajuste salarial de 6,5% e avanço de 7% dos pisos salarial e profissional. Com esse reajuste salarial os trabalhadores não terão nem 1% de ganho real, sendo que em outros Estados a média é acima de 2%. Esta proposta já havia sido rejeitada pelos companheiros em assembleias anteriores e os patrões insistem empurrar goela abaixo do trabalhador. A bandeira central da campanha salarial este ano é a elevação do piso salarial e profissional.

Os trabalhadores querem avanços no reajuste salarial e nos pisos salarial e profissional; ticket de alimentação/cesta básica; plano de saúde extensivo a família com desconto limitado.Após reprovação da primeira proposta patronal, o Sindimetal-ES junto com os trabalhadores em assembleia construíram essa nova proposta que já havia sido encaminhada ao Sindifer, mas os patrões mantiveram a mesma, repercutindo na paralisação das atividades.

Campanha salarial (2012/2013)

Como acontecem todos os anos, os metalúrgicos capixabas estão em Campanha Salarial para garantir reajuste de salários e benefícios para o próximo ano. A database da categoria é novembro. É neste período que o Sindimetal-ES (sindicato dos trabalhadores) e o Sindifer (sindicato patronal) negociam na mesa os anseios dos trabalhadores e trabalhadoras.

O coordenador da negociação, o presidente do Sindimetal, Roberto Pereira disse que todo o ano é a mesma coisa, as empresas arrumam algumas dificuldades no setor para não avançar nas negociações. “Sabemos que somente 20% do setor tem dificuldades, os outros 80% tem gordura para dividir com os trabalhadores. A batalha está iniciada. Este é um momento importante, onde a participação do trabalhador é fundamental, afirma o presidente.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese/ES) os metalúrgicos que negociaram seus Acordos e Convenções a partir do segundo semestre deste ano tiveram ganho real significativos.

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