Os metalúrgicos de Sorocaba e região aprovaram na noite da última sexta-feira, dia 1º, na sede do SMetal, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016. Durante a assembleia, a diretoria do Sindicato pediu aos trabalhadores união e mobilização para garantir um bom reajuste salarial e avanços nas cláusulas sociais da categoria.
Com o tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”, a pauta da Campanha tem cinco eixos: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real; valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
O documento será entregue aos grupos patronais metalúrgicos nesta semana. A bancada de negociações dos trabalhadores é coordenada pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM). A data-base da categoria é 1º de setembro.
O vice-presidente do Sindicato, Tiago Almeida do Nascimento, relembrou negociações das últimas campanhas salariais da categoria e afirmou que nunca foi fácil. “Mesmo em anos de economia pujante, o sindicato patronal dificultou o máximo possível as negociações, até ingressar na Justiça contras cláusulas sociais da convenção coletiva o patronal fez. E esse ano não será diferente”, assegurou.
“O que garante que sairemos vitoriosos nessa conjuntura, onde a perda de direitos é a pauta do dia, é a unificação da categoria para lutar por isso. As cláusulas sociais são importantes, tão importantes quando o aumento dos salários”, completou Tiago.
O secretário-geral do SMetal, Leandro Soares, falou sobre o cenário político atual, que põe em risco a Convenção Coletiva e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e reforçou a importância da união dos metalúrgicos nesta Campanha.
“Nós enfrentamos uma máquina poderosa, que é a imprensa, o empresariado e, acima de tudo, a direta no país. Nós sabemos que a proposta que está por vir é a regulamentação da terceirização e a flexibilização dos direitos trabalhistas”, disse Leandro.
Ele ainda fez o alerta: “Se não nos unirmos e nos mobilizamos, levando o debate para o chão de fábrica, infelizmente o governo interino golpista de Temer passará por cima de nós, trabalhadores, como rolo compressor”.
De acordo com o secretário-geral da FEM, que é diretor do SMetal, Adilson Faustino (Carpinha), representantes das categorias que têm data-base no segundo semestre no estado de São Paulo estão programando uma grande mobilização para demonstrar unidade da classe trabalhadora e pressionar o setor patronal.