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Sem acordo

Metalúrgicos da Apex rejeitam proposta da empresa e retomam greve

Metalúrgicos da Apex Tool, em Sorocaba, retomaram a greve na tarde desta quarta-feira, dia 26, após rejeitarem proposta da empresa, que não atendem às reivindicações dos funcionários

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
A assembleia na qual os trabalhadores decidiram retomar a greve aconteceu na quarta-feira, dia 26, em frente à empresa

A assembleia na qual os trabalhadores decidiram retomar a greve aconteceu na quarta-feira, dia 26, em frente à empresa

Metalúrgicos da Apex Tool, em Sorocaba, retomaram a greve na tarde desta quarta-feira, dia 26, após rejeitarem proposta da empresa, que não atendem às reivindicações dos funcionários. A paralisação, que teve início no dia 3 de abril e durou 10 dias, foi suspensa por 15 dias pelos trabalhadores, porque a Justiça do trabalho recomendou que as partes retomassem negociações.

Após cumprir a agenda de negociações orientada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT – 15ª Região) em audiência de conciliação, realizada no último dia 11, a empresa apresentou uma resposta à proposta indicada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal).

Os metalúrgicos da Apex reivindicam negociar o plano de saúde, trocado recentemente de forma unilateral pela empresa; a qualidade do transporte dos funcionários; o plano de cargos e salários que a Apex não quer cumprir este ano; e a correção do vale-compras, que não foi reajustado em 2016.

Segundo o diretor executivo do SMetal e membro de Comitê Sindical de Empresa (CSE) na Apex, Silvio Ferreira, a proposta da empresa rejeitada nesta quarta-feira não atende a quase nenhuma das reinvindicações dos trabalhadores. “Os únicos itens que tiveram melhorias foram o transporte e o número de funcionários elegíveis a receberem aumento no plano de cargos e salários, mas não há previsão do valor desse aumento”, conta.

Sobre a mudança do convênio médico, Silvio explica que o proposto pela Apex também não atende às expectativas dos trabalhadores e a negociação não avançou.

Já referente ao vale-compras, o valor oferecido pela fábrica é menor que a proposta apresentada pelo Sindicato.

Dias parados

Outro ponto que levou à rejeição da proposta foi o pagamento dos dias parados. “Enquanto a proposta do Sindicato prevê pagar 50% e abonar a outra metade, a empresa quer que o trabalhador pague todos os dias, sendo que foi a Apex quem emperrou as negociações e levou à greve”, criticou Silvio.

O sindicato pede ainda estabilidade de seis meses aos trabalhadores, mas a fábrica também não deu garantias nesse sentido.

Até às 18h de quinta-feira, dia 27, a empresa não havia sinalizado a possibilidade de nova negociação.

A Apex Tools (antiga Cooper Tools) fabrica ferramentas, está instalada na zona industrial de Sorocaba e conta com 450 trabalhadores.

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