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Merendeiras entram em greve pela segunda vez em um mês

As merendeiras que atendem as escolas da rede pública municipal em Sorocaba entraram novamente em greve, após assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, dia 6

Jornal Cruzeiro do Sul/César Santana
Emídio Marques/JCS

Algumas profissionais se reuniram na manhã desta segunda, dia 6, na sede do Sindirefeições

As merendeiras que atendem as escolas da rede pública municipal em Sorocaba entraram novamente em greve. A paralisação é a segunda em menos de um mês e, mais uma vez, é motivada pela falta de pagamento de salários e vale-transporte pela empresa responsável pelo serviço na cidade, a ERJ Administração e Restaurantes de Empresas. A orientação do Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba e Região (Sindirefeições) é para que hoje as profissionais da categoria sirvam a merenda e deixem as unidades. Para amanhã está marcada uma passeata saindo da Praça Frei Baraúna, às 8h, rumo à Prefeitura. O objetivo é cobrar uma atitude da administação municipal para que a situação seja normalizada e não volte a se repetir.

De acordo com a presidente do Sindirefeições, Teresinha de Jesus Baldino, cerca de 400 merendeiras que deveriam ter recebido até a última quinta-feira (2) ainda não tiveram o dinheiro depositado em conta nem mesmo receberam o vale-transporte. Com isso, muitas enfrentam dificuldades inclusive para chegar ao trabalho. Ainda segundo Teresinha, a expectativa é de que as demais merendeiras contratadas pela empresa no município (cerca de 600) que, em tese, devem receber parte dos vencimentos até a próxima quarta-feira (8) também não sejam remuneradas.

Embora as merendeiras sejam orientadas a continuar a distribuição das refeições hoje, há locais onde o serviço está paralisado. No Centro de Educação Infantil 53, na Vila Formosa, pais de alunos eram informados na tarde de hoje sobre a falta de merenda. Apesar disso, as aulas não foram interrompidas.

O ato que irá percorrer ruas da cidade amanhã tem a intenção de cobrar o poder público para que se mobilize para a causa. O Sindirefeições reivindica uma intervenção da Prefeitura, que é a contratante da ERJ e, anteriormente havia informado estar pagando em dia o repasse à empresa. Recentemente, o contrato entre ambas as partes foi prorrogado em caráter emergencial por um ano. A licitação que prevê a contratação de uma nova prestadora do serviço está suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Cruzeiro do Sul aguarda um posicionamento tanto da Prefeitura quanto da ERJ.

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