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Memória de Alexandre Vannucchi enfim recebe justiça

Passados 40 anos desde que foi torturado e morto nos porões da ditadura militar, o estudante sorocabano Alexandre Vannucchi Leme finalmente começou a ter justiça feita à sua memória

Imprensa SMetal
Marcelo Camargo/ ABr
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão,  durante cerimônia de anistia

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, durante cerimônia de anistia

Passados 40 anos desde que foi torturado e morto nos porões da ditadura militar, o estudante sorocabano Alexandre Vannucchi Leme finalmente começou a ter justiça feita à sua memória. No último dia 15 o governo brasileiro declarou anistia política a Vannucchi e pediu desculpas oficiais pelos erros cometidos pelo Estado contra o estudante e seus familiares.

Alexandre tinha 22 anos, estudava Geologia na USP e militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) quando foi preso e torturado nas dependências do famigerado DOI-Codi, Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operação de Defesa Interna, nos dias 16 e 17 de março de 1973. Na época, o governo militar divulgou que o estudante era um “terrorista” e que morreu atropelado por um caminhão.

Depois de assassinado, o estudante foi enterrado sem caixão em uma cova rasa no cemitério de Perus, em São Paulo. Somente dez anos depois, em 1983, a família conseguiu resgatar o corpo e sepultá-lo em Sorocaba, no cemitério da Saudade.

Cerimônia

A cerimônia que decretou a anistia de Vannucchi foi realizada na USP pelo Ministério da Justiça do governo Dilma Rousseff, ela própria vítima de perseguição política no período da ditadura. O anúncio da anistia a Vannucchi e o pedido de desculpas públicas foi feito pelo presidente da Comissão de Anistia e secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, que presidiu o evento na USP na última sexta-feira.

Alexandre Vannucchi era sobrinho do ex-reitor da Universidade de Sorocaba, Aldo Vannucchi, que também foi perseguido durante o regime militar.

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