O legado de Marielle Franco repercute ainda mais agora, após a vereadora ter sido executada a tiros no Rio de Janeiro no dia 14 deste mês, junto com o motorista Anderson Pedro.
A comoção nacional e internacional, além das manifestações de militantes de Direitos Humanos, de movimentos sociais e sindicais, em todo o mundo, incomoda os fascistas de plantão. Nos comentários das reportagens sobre o assassinato vê-se um espetáculo de ódio, mentiras e de racismo.
Quem clama por justiça, clama por demandas reprimidas pelos poderes públicos, por reivindicações negligenciadas. Marielle estava na luta pelo pobre, pelo negro, pelas mulheres, até pelos policiais vítimas de violência.
Mas e quem apenas proclama preconceitos? Quem produz notícias falsas? Como fez a desembargadora, Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, que jorrou acusações mentirosas na internet contra Marielle? De que lado está? A quem defende?
No próprio site do jornal Cruzeiro do Sul viam-se, no dia da morte de Marielle, muitos comentários que pareciam ser de cães raivosos. Não se comover com o genocídio negro, com o feminicídio, com os crimes que tentam calar as denúncias de violência é uma coisa. Mas manifestar o racismo, a lgbtfobia, proliferar mentiras é CRIME.
Diante a ameaça que ronda a todos os lutadores e lutadoras por direitos sociais e humanos, não recuar é a única opção. É preciso se somar ao engajamento, fortalecer os movimentos que nadam contra a corrente.
Na luta de classes, não esperamos dias mansos, pois sabemos o quanto é difícil a inclusão dos menos favorecidos na ordem do dia da política. É a luta diária contra quem detém o capital e também o poder nas mãos. Mas, avancemos a cada dia um pouco mais, até que seja possível Um Outro Mundo, mais igualitário e sem fascismos.
Nós, do SMetal, nunca deixaremos de estar do lado da classe trabalhadora, que vende sua força de trabalho para manter a dignidade. Estaremos sempre do lado das milhares de Marielles mundo afora, gritando por direitos sociais e trabalhistas!
Estamos nas fábricas, lutando contra a aplicação da reforma trabalhista. A nível nacional, contra o golpe e a intervenção militar no RJ. Pela democracia! Nossas bandeiras flamulam pelos que têm sede de justiça.