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Lula Livre evidencia a farsa da Lava Jato Por Leandro Soares

Presidente do SMetal, Leandro Soares, analisa decisão do ministro Edson Fachin, que anulou as condenações de Lula e enfatiza que o movimento sindical sempre apontou para a farsa criada pela Lava Jato

Leandro Soares (Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região )
Ricardo Stuckert
Lula foi vítima de perseguição política por parte da direita brasileira

Lula foi vítima de perseguição política por parte da direita brasileira

Costuma-se dizer que a “justiça tarda, mas não falha”. No caso do ex-presidente Lula, a justiça tardou. E pior: falhou e falhou feio. Desde o início do julgamento da Lava Jato, comandado por Sérgio Moro, era evidente que havia ali um plano deliberado para condenar Lula a qualquer custo.

Os promotores do caso tinham a convicção do trabalho que lhes fora encomendado: condenar Lula. O que eles não tinham eram as provas de qualquer crime cometido pelo ex-presidente. Mesmo sem provas, o então juiz Moro cumpriu seu papel nessa história, garantindo uma das sentenças mais escancaradamente injustas da história do Brasil.

Desde o início do processo contra Lula, o movimento sindical alertou que havia um conluio preparado para tirá-lo das eleições de 2018. Isso ficou evidente com o vazamento das mensagens trocadas entre quem investigava Lula e quem iria julgá-lo. Juntos e contra qualquer senso ético de como deveria funcionar a justiça, armaram um circo midiático e político, que acabou com Lula na prisão por mais de um ano.

Agora, mesmo que tardiamente, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, anulou as condenações de Lula na Lava Jato. Fachin entendeu que Moro e a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinham competência para julgar as acusações. Com isso, Lula está livre e com os direitos político restaurados.

A decisão de Fachin representa mais do que a liberdade de Lula. É um grande passo para desmascarar a farsa, como sempre afirmou o movimento sindical, que foi a Operação Lava Jato. Uma grande farsa com o objetivo de desestabilizar um país inteiro, afundar a economia e eleger representantes políticos que servissem aos donos do poder.

É importante lembrar que toda essa história envolve o impeachment de Dilma Rousseff. O golpe que tirou a primeira presidenta eleita desse país é um capítulo a mais nessa vergonhosa história. Um golpe que ainda vai ser provado, mais cedo ou mais tarde.

E quem paga essa conta? O trabalhador e os mais pobres, é claro. Desde Michel Temer, e agora com Bolsonaro, uma série de medidas para retirar direitos está sendo implantada em vários sentidos.

As Reformas Trabalhista e da Previdência são dois grandes exemplos disso. Querem, sim, que você trabalhe à beira da informalidade, com salário que mal dá para comprar um botijão de gás, sem férias, décimo terceiro ou plano de saúde. Ao mesmo tempo, acabam com o sistema público de saúde, tiram dinheiro da educação e jogam o nome do país da lama. E, no fim, lhe negam o direito de se aposentar com dignidade.

Desde 2016, o desemprego cresce e a informalidade aumenta. O Brasil, que havia saído do Mapa da Fome e era umas das maiores economias do mundo, vê ressurgir milhões de pessoas que não têm um prato de comida por dia. O país também amarga queda de relevância no mundo todo. E, ainda, temos um presidente genocida, que em meio à maior crise sanitária e econômica da história, age como um moleque mimado e, dessa maneira, condena milhares de pessoas à morte.

E qual a razão de tudo isso? A elite brasileira nunca se importou com a corrupção. O que eles não admitiam de modo algum era pobre conquistando direitos, pessoas tendo ao menos três refeições diárias, indo ao shopping, viajando de avião ou ver o filho da empregada na mesma universidade que seus filhos.

A decisão de Fachin não é o fim da história. Sabemos disso. Essa elite não vai aguentar calada a história da farsa da Lava Jato sendo jogada na sua cara. Vão revidar, podem esperar.

Mas nós do movimento sindical sabemos o lado certo da história: o lado do trabalhador. Afinal, são os trabalhadores e trabalhadoras que produzem e, consequentemente, quem movimentam a economia do país. Sem o seu trabalho duro não existe lucro.

Não são eles, os políticos e empresários, que saem de suas casas todos os dias para pegar no pesado, encarar ônibus fretado de madrugada, operar as máquinas e garantir que o produto seja finalizado em perfeitas condições.

Cada um de vocês sabe a batalha que enfrenta todo os dias para sustentar a família. É o suor do seu rosto que garante o prato de comida na mesa. Portanto, nada mais justo que seu o trabalho seja valorizado.

Esse Sindicato não tem medo de luta. Fomos constituídos nas portas de fábricas, enfrentando todo tipo de adversidade para garantir emprego, renda, direitos e saúde para nossa categoria. E esse compromisso mantemos mais firme do que nunca. Conte sempre com seu Sindicato!

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