A acordo firmado pelo SMetal garante ao trabalhador da Kanjiko rendimento mais alto do que propõe a Medida Provisória 936
Com votação realizada entre quinta e sexta-feira, dias 16 e 17, os trabalhadores da sistemista Kanjiko aprovaram a proposta de suspensão de contrato de trabalho negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e Região (SMetal).
O acordo garante o pagamento de salários e benefícios por 60 dias, além de estabilidade de emprego pelo mesmo período da suspensão e mais 60 dias após o retorno. A proposta é similar a aprovada por trabalhadores da Toyota.
A assembleia foi realizada de forma virtual, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar aglomerações. Do total de 434 trabalhadores, 371 (85,48%) votaram, sendo que 370 (99,73%) foram favoráveis e apenas 1 (0,27%) preferiu se abster. Nenhum trabalhador foi contrário à proposta.
O secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, explica que o acordo foi negociado para permitir que os trabalhadores permaneçam em casa enquanto persistir a crise do novo coronavírus. “O isolamento social é o melhor caminho para minimizar o impacto da doença, mas isso tem de ser feito com responsabilidade. Por isso, a luta do Sindicato para garantir a saúde do trabalhador com dinheiro no bolso”.
O presidente do Sindicato, Leandro Soares, ressalta que o acordo firmado pelo SMetal garante ao trabalhador rendimento mais alto do que propõe a Medida Provisória 936. “Os termos que conquistamos fazem com que a redução dos salários seja pequena. Dessa maneira, os trabalhadores e trabalhadoras não ficam no aperto nesse período tão difícil que passamos”.
Assembleia online
Para que os trabalhadores possam aprovar ou reprovar acordos coletivos negociados pelo Sindicato neste período de isolamento social, em parceria com a Pandora Soluções, o SMetal criou uma ferramenta de assembleia online, com acesso exclusivo dos trabalhadores e trabalhadoras de determinada empresa.
A ferramenta de votação online faz uso de conexão segura e criptografada. Ela foi criada para garantir que a empresa nem o Sindicato tenham acesso à escolha do trabalhador, apenas a quantidade de votos favoráveis ou não ao acordo.
