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Intolerância

Internautas podem ser punidos por preconceito

O presidente da organização não governamental, SaferNet Brasil, Thiago Tavares, explica que as páginas nas internet que violam os direitos humanos serão investigadas e os autores poderão ser punidos

Jornal Cruzeiro do Sul
Divulgação

Algumas excedem os limites, porque as redes sociais são mais liberais, afirma Maria do Socorro Souza Braga

O diretor-presidente da organização não governamental (ONG) SaferNet Brasil, Thiago Tavares, explica que as páginas na internet e nas redes sociais que têm violações aos direitos humanos serão investigadas e seus autores poderão ser punidos. Tavares explica que, assim como quem cria, quem compartilha um conteúdo de ódio e preconceito também pode ser responsabilizado criminalmente.

Tavares, que é professor de direito da informática da Universidade Católica de Salvador, disse ontem que, desde ontem, a ONG recebeu 421 denúncias referentes a 305 novas páginas nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Facebook, com o objetivo de promover o ódio e a discriminação contra a população de origem nordestina. “Lamentavelmente, tudo indica que hoje essas manifestações devem continuar crescendo e ao longo desta semana também”, disse o professor.

A cientista política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria do Socorro Souza Braga, avalia que a utilização das redes sociais está crescendo a cada pleito, mas que nas eleições deste ano chegou a um ápice. “As grandes mídias têm o costume de assumir (mesmo que não explicitamente) o seu apoio a determinado candidato. Então isso faz com que as redes sociais sejam um meio de comunicação mais aberto. Elas trouxeram um debate mais cru dessas questões, que antes eram mais parciais pelas grandes mídias”, argumenta. Porém, de outro lado, ela alerta pelos abusos cometidos por alguns usuários, partindo para comentários preconceituosos ou raivosos. “Algumas excedem os limites, porque as redes sociais são mais liberais. Isso é ruim, porque mostra o nível de preconceito da sociedade. Talvez essas situações levem para uma maior normatização da Internet, com regras mais claras”, diz.

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