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Campanha Salarial 2023

Inflação que compõe o reajuste dos metalúrgicos fecha em 4,06%

INPC, índice que é usado como base para a Campanha Salarial dos metalúrgicos, registrou inflação de 0,20% no mês de agosto; Federação e sindicatos avançam em negociações por reajuste salarial

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal

O INPC é utilizado pelo IBGE para medir a variação no preço de produtos e serviços consumidos por famílias que estão na faixa de renda de 1 até 5 salários mínimos | Foto: Banco de Imagens

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou inflação de 0,20% no mês de agosto. O número foi divulgado na manhã desta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde a última data-base dos metalúrgicos de São Paulo – 1º de setembro de 2022 – a inflação acumulada é de 4,06%.

O INPC é o índice utilizado como base na Campanha Salarial dos metalúrgicos de todo o estado. As negociações são realizadas pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP) e contemplam diversas fases: desde a entrega da pauta de reivindicações para as bancadas patronais, até as assembleias de mobilização nas portas das fábricas.

No mesmo período do ano passado (de setembro de 2022 a agosto de 2023), a inflação estava acumulada em 8,83%. Já em 2021, o índice fechou o período no patamar de 10,42%.

Para Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), após dois anos de inflação “nas alturas” e poder de compra corroído, o cenário econômico atual controlado é benéfico.

“O país observa queda no ritmo do aumento dos preços dos produtos e serviços, o que é positivo para o bolso do trabalhador. Isso significa que o dinheiro que antes dava conta de comprar apenas alguns produtos, hoje já rende mais”, explica Leandro.

Na última semana, durante encontro sobre os rumos da Campanha Salarial, sediado no SMetal, economistas e dirigentes sindicais fizeram uma análise da conjuntura político-econômica brasileira. Fernando Lima, que é o economista e supervisor do escritório regional São Paulo do Dieese, apontou que as negociações em outros estados são bons indicadores.

“A economia brasileira mostra bons sinais. Quando analisamos o mercado de trabalho dos Metalúrgicos da CUT, ele é positivo, com uma inflação controlada e baixa e mais de 88% da categoria conquistando aumento real nas negociações em todo o país”, disse durante o encontro.

Campanha Salarial até o momento

Após as conversas no SMetal, a federação e os filiados decidiram que chegou a hora de dar início às mobilizações nas fábricas em busca de aumento real nos salários e a manutenção dos direitos.

Nesta semana, representantes da FEM-CUT/SP devem se reunir em discussões presenciais com Siscomet, Sindratar, G8.3, Sifesp, Siniem e Sindicel. Já na próxima semana, a expectativa é de encontros com Sinaes e Sindimaq, Grupo 3 e Sicetel.

Para 2023, a Federação Estadual dos Metalúrgicos, junto aos 13 sindicatos filiados, elegeu como tema para a Campanha Salarial o slogan: “A Luta Continua Pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários e da Democracia”.

A FEM é composta por dirigentes de 13 Sindicatos de Metalúrgicos de São Paulo, que representam 56 cidades; na foto, sindicalistas registram momento de entrega das pautas na FIESP em julho | Foto: Adonis Guerra

A FEM-CUT/SP negocia a Campanha Salarial para cerca de 190 mil trabalhadores de São Paulo. Ao todo, a categoria tem cerca de 211 mil metalúrgicos, contando os trabalhadores das montadoras. Deste montante, a base representada pelo SMetal soma 45 mil trabalhadores, nas 13 cidades em que a entidade atua.

Entenda como são negociadas as pautas cheias e parciais no esquema acima que foi criado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba | Arte: Cássio Freire

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