O tempo médio de espera para o agendamento de perícia médica no país passou de 20 dias, antes do início das greves, para 61 dias atuais
Com a greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que já dura três meses, cerca de seis mil perícias deixaram de ser feitas em 19 agências do INSS da região de Sorocaba.
As informações são do próprio instituto, divulgadas pelo jornal Cruzeiro de Sul desta sexta-feira, dia 11. No Brasil, o INSS estima que aproximadamente um milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o começo da paralisação.
A greve teve início no dia 4 de outubro e não há previsão de data para acabar. Enquanto isso, o atendimento continua sendo prestado, mas com um número de médicos reduzido. Isso tem dificultado a vida de alguns trabalhadores que necessitam ficar afastados do emprego por problemas de saúde.
Alguns contribuintes dizem ter esperado mais de dois meses o atendimento. Segundo o INSS, o tempo médio de espera para o agendamento de perícia médica no país passou de 20 dias, antes do início das greves, para 61 dias, atualmente.
Na região de Sorocaba, cerca de 50% a 60% dos médicos peritos aderiram à greve.
O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Francisco Eduardo Alves, explica que, com mais de 90 dias de paralisação, o governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta.
A principal reinvindicação dos médicos peritos é a efetivação, por lei, da jornada de trabalho de 30 horas semanas que, segundo o presidente da ANMP, já são cumpridas há três anos.
Eles reivindicam ainda reajuste de 27% para reposição das perdas salariais, mas o governo tem oferecido 10,8% de correção, a ser feita em dois anos, ou 21,3, em quatro anos.
