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Campanha Salarial 2023

FEM se reúne com G2 e Sindicel e conclui primeira rodada de discussões

Federação se reuniu com todos as bancadas, exceto o G10, que se recusa a negociar os direitos da categoria; reunião no dia 5 define próximos passos da Campanha Salarial

Imprensa SMetal com informações da FEM-CUT/SP
Caroline Queiróz Tomaz / Imprensa SMetal

Pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 foi entregue aos representantes do Grupo 2 no mês de julho deste ano, em São Paulo

Na última terça-feira, dia 22, foram realizadas mais duas rodadas de negociação da Campanha Salarial 2023, desta vez entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) e as bancadas patronais do Grupo 2 (de máquinas e equipamentos e de aparelhos elétricos e eletrônicos) e Sindicel (condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos).

Com as rodadas mais recentes, a entidade conclui a primeira etapa das negociações com os empresários. Apenas o Grupo 10, que abrange prioritariamente micro e pequenas empresas, se recusou, mais uma vez, a negociar a Campanha Salarial dos Metalúrgicos.

Adilson Faustino, secretário de administração e finanças da FEM-CUT/SP e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), conta que, no próximo dia 5, os sindicatos irão se reunir com a Federação em Sorocaba para fazer uma avaliação das primeiras rodadas de negociação e determinar os próximos passos da Campanha Salarial 2023.

“Mesmo diante de uma inflação baixa, temos enfrentado certa resistência na maioria das bancadas patronais quanto ao aumento real e sobre algumas reivindicações aprovadas na categoria, como a questão do teto salarial. Mas seguimos firmes na luta. Nosso compromisso pela valorização dos trabalhadores é desafiador, porém, estamos determinados a conduzir uma Campanha Salarial bem-sucedida e com reajuste além da inflação”, assegura.

Balanço das primeiras reuniões

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, enfatiza a importância dessa fase das negociações. “Como sempre afirmamos, negociar com os patrões nunca é uma tarefa fácil. Tivemos uma primeira etapa de conhecimento e ajuste da pauta de reivindicações, que é fundamental para o andamento do processo. Temos a firmeza de buscar a valorização salarial da companheirada e também a renovação e ampliação das Convenções Coletivas de Trabalho. Esse é um compromisso que não abrimos mão”, assegura.

Erick destaca ainda que a Campanha Salarial 2023 também luta pela redução da taxa de juros. “A taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar prejudica muitos os trabalhadores e reduz qualquer ganho que venhamos ter com as negociações da Federação. Por isso, continuamos mobilizados pela redução dos juros e também pela saída de Campos Neto da presidência do Banco Central”.

Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, destaca que a negociação é ampla. “A pauta de reivindicações aprovada pela categoria em todo Estado de São Paulo traz importantes pontos, como reajuste salarial com aumento real, valorização dos pisos e tetos, redução de jornada sem redução de salário, manutenção e ampliação dos direitos sociais. Outro ponto de suma importância é com relação aos direitos das mulheres, que estamos buscando inúmeras melhorias nas CCTs”.

Ele aponta também que os trabalhadores devem estar prontos para lutar pela valorização salarial. “Nosso trabalho nas negociações tem mais força quando a categoria está unida e pronta para a mobilização. Dessa maneira, mostramos aos patrões a nossa força e que não vamos recuar de nenhum direito e nem do reajuste salarial, com aumento real, que merecemos. Vamos seguirmos juntos nessa luta por mais uma Campanha Salarial vitoriosa”, finaliza.

3,85% de inflação

Faltando somente o registro do mês de agosto para serem definidas as perdas dos metalúrgicos desde a última data-base (1º de setembro de 2022), a inflação está acumulada em 3,85%. O próximo índice será divulgado pelo IBGE no dia 12 de setembro.

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