Atualmente a escola Lauro Sanches possui mais de 12 salas do ensino médio e, com a reestruturação, passaria a atender apenas o ensino fundamental
Estudantes secundaristas passaram a noite de ontem, dia 18, na escola estadual Lauro Sanches, na Vila Carol, na zona norte da cidade, contra a proposta de reestruturação do ensino do governo estadual de Geraldo Alckmin (PSDB).
Às 18h30 de quarta-feira, do dia 18, os estudantes promoveram um ato na instituição e às 19h30 ocuparam a primeira escola em Sorocaba.
Sem prazo para terminar a ocupação é um recado de insatisfação com o processo de terceirização e privatização do ensino público estadual, anunciado pelo governador em setembro.
O diretor de grêmios da União dos Estudantes Secundaristas (USE) de Sorocaba, Vinicius Viana, conta que entre os assuntos discutidos, ontem, dia 18, com os alunos do Lauro Sanches estão: a estrutura do governo e as consequências danosas para toda a sociedade do desmonte da rede estadual.
Se a reestruturação for efetivada já no ano que vem a Lauro Sanches seria uma das escolas que não ofereceriam mais o Ensino Médio, apenas o Fundamental. “Todos os alunos do ensino médio seriam transferidos para a Escola Estadual João Rodrigues Bueno”, diz Viana.
A polícia chegou por volta das 9h e conversou com dirigentes da Apeoesp, que apoia o movimento dos alunos.
Passeata
Em defesa da educação como bem público cerca de 300 estudantes de várias escolas da zona norte saíram na manhã desta quinta-feira, 19, da avenida Itavuvu, em passeata até a Diretoria de Ensino, que fica no prédio da escola Antonio Padilha, no Centro. “Eles passaram por aqui (no Lauro) para dar apoio à ocupação e depois do ato em frente ao Padilha retornarão ao Lauro Sanches”, explica Viana.
Quem quiser colaborar com a ocupação e o protesto dos estudantes podem levar mantimentos e produtos de higiene até a escola Lauro Sanches. A entrada fica na rua Arnaldo Cunha, 237, travessa da Avenida Itavuvu.
Vitória do movimento
“Não fechem minha escola”, formado por estudantes, até ontem, já ocupou mais de 50 escolas no Estado de São Paulo contra a reestruturação e contra o fechamento anunciado pela Secretaria de Educação do Estado de 94 escolas. Após o início do movimento a Justiça já proibiu o Governo do Estado de fechar uma escola em Santos: “Braz Cubas” e Alckmin recuou no fechamento da escola da zona rural de Piracicaba “Augusto Mélega”.
