Após reunião com secretários municipais e o prefeito de Sorocaba, Antonio Caldini Crespo, no sexto andar da prefeitura, o presidente do SMetal, Leandro Soares, ressaltou em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, dia 21, a necessidade de se buscar investimentos para a planta de Sorocaba.
“Levamos no dia de hoje (21), nossa preocupação referente às demissões no setor metalúrgico, e mais que isto, alternativas para o prefeito na busca de uma política industrial para o país e futuros investimentos pra Sorocaba e Região”, destacou Leandro.
De acordo com o presidente é preciso cobrar os poderes públicos nas esferas municipal, estadual e federal, uma política industrial para o país, “com o grande objetivo buscar novos investimentos públicos e privados, para a retomada da indústria e da geração de empregos”.
A viabilidade da planta conquistar novos projetos para automóveis depende muito da vinda da plataforma global (TNGA),
que traria mais flexibilidade e eficiência, garantindo uma expansão na quantidade de produtos que podem ser fabricados. Essa questão foi explicada pelos dirigentes sindicais ao prefeito e aos secretários municipais.
O secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, também participou da reunião e reafirmou a importância da união das entidades e poderes públicos nessa construção por mais empregos. “A preocupação inicial do governo municipal era a de reinserir no mercado de trabalho esses trabalhadores que estão sendo desligados da montadora. Nós destacamos que além disso é preciso também lutar por políticas para a retomada do desenvolvimento industrial”.
Uma das medidas anunciadas na reunião é a do cadastramento no PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e a disponibilidade de vagas na Universidade do Trabalhador para qualificação desses trabalhadores.
Em união com o sindicato outras medidas serão tomadas como cobrar do governo do Estado que o ICMS da montadora não seja mais retido, como havia ocorrendo.
A montadora anunciou o corte de 740 postos de trabalho em Sorocaba e mais 100 em Porto Feliz, na fábrica de motores. As demissões começaram a ocorrer neste mês de junho. As sistemistas, que são empresas que fornecem peças e equipamentos para a Toyota também estão sentindo os cortes.
A orientação dos dirigentes sindicais é para que nenhuma fábrica tome medidas sem antes negociar com o sindicato. “Podemos tentar verificar alguma alternativa para amenizar o impacto da queda de produção da montadora e estamos atentos para que nenhum trabalhador seja prejudicado em seus direitos”, pontua Leandro.
Durante a reunião ocorrida na sexta-feira, 21, foi formada uma comissão com representantes da prefeitura e sindicato para tratar das medidas cabíveis.
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