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Dia de Luta em Sorocaba teve 17 horas de manifestações

Terminou às 21h20, com um bloqueio do trânsito por uma hora no cruzamento das avenidas Washington Luiz e Antônio Carlos Comitre, no bairro Campolim, o Dia Nacional de Lutas em Sorocaba

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Vicente/Imprensa SMetal

Terminou às 21h20, com um bloqueio do trânsito por uma hora no cruzamento das avenidas Washington Luiz e Antônio Carlos Comitre, no bairro Campolim, o Dia Nacional de Lutas em Sorocaba. Os protestos começaram pouco antes das 4h30, com mais de 15 mil trabalhadores, de diversas categorias profissionais, em assembleia no Parque das Águas, jardim Abaeté.

Por 17 horas seguidas, milhares de trabalhadores saíram às ruas de Sorocaba em defesa de uma pauta de reivindicações unificada entre centrais sindicais e movimentos sociais.

Os trabalhadores de Sorocaba, de diversas categorias profissionais, começaram a se concentrar nas primeiras horas da madrugada de hoje no Parque das Águas. Esse primeiro protesto do dia, organizado por centrais sindicais e movimentos populares, teve participação de metalúrgicos, rodoviários, químicos e outras categorias da indústria e do setor de transporte.

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Os 15 mil trabalhadores saíram em passeata pela avenida Dom Aguirre por volta das 9h40, após aprovarem os 10 pontos da pauta dos trabalhadores, que inclui redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário, mais investimentos públicos em saúde, educação e transporte, democratização da mídia e plebiscito da reforma política.

Os manifestantes percorreram as principais ruas do centro de Sorocaba, ganhando a adesão de comerciários, bancários e vigilantes. Várias lojas e bancos fecharam as portas por cerca de duas horas enquanto a manifestação acontecia no centro da cidade.

O protesto se dispersou por volta das 13h, na Praça do Canhão. Porém, alguns manifestantes continuaram com bandeiras e cartazes divulgando suas reivindicações nas praças centrais.

Protesto na Urbes

Integrantes dos movimentos sociais, com apoio dos sindicatos, voltaram a se concentrar às 17h no centro de Sorocaba, na Praça Coronel Fernando Prestes, de onde saíram em passeata. Cerca de 250 pessoas, segundo a organização, participaram dessa segunda fase dos protestos do dia 11 em Sorocaba.

Da Praça Fernando Prestes os manifestantes desceram por ruas centrais até chegar à marginal Dom Aguirre, depois avenida Pereira Inácio e avenida Washington Luiz, até chegar à sede da Urbes (empresa pública que gerencia o transporte coletivo), onde realizaram uma assembleia por volta das 19h30.

Cerca de 50 guardas civis municipais estavam em frente à Urbes para impedir a entrada de manifestantes. “O povo paga, mas não deveria. Transporte não é mercadoria” era a principal palavra de ordem do movimento em frente à sede da Urbes.

Não houve confrontos. Após a assembleia em frente à Urbes, que definiu pela continuidade do movimento pelo transporte gratuito, por volta das 20h30, a manifestação estava reduzida a cerca de 100 pessoas, quase todos jovens estudantes, que resolveram fechar o cruzamento das avenidas próximas para realizar nova reunião sentados na pista. Essa segunda assembleia se dispersou às 21h20.

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Pacífica

Não houve confrontos durante as manifestações. Tentativas isoladas de vandalismo, com participação de alguns indivíduos mascarados, eram imediatamente criticadas e repreendidas pela coordenação do movimento, com apoio da imensa maioria dos manifestantes, que pediam engajamento à pauta e aos objetivos do ato público democrático.

Em sinal de respeito, no período da noite, ao passar em frente dois hospitais (Santa Lucinda e Leonor Mendes de Barros), quase todos os manifestantes fizeram silêncio a pedido da coordenação. Dos mais de 200 participantes, apenas 3 ou 4 pessoas desrespeitaram o pedido e gritaram em frente aos hospitais.

Organização

Participam do Dia Nacional de Luta em Sorocaba os sindicatos filiados às centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, CSB, Conlutas, Intersindical, Nova Central e UGT. Também fazem parte da coordenação local diversos movimentos sociais como o Levante Popular da Juventude, ContraCatraca, Fórum Social Sorocaba e DCE da Uniso.
Abaixo, a pauta dos trabalhadores, divulgada desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, em Sorocaba.

Pauta dos trabalhadores

– Fim do Fator Previdenciário;

– Jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial;

– Reajuste digno para os aposentados;

– Mais investimentos em saúde, educação e segurança, sendo 10% do PIB para educação pública e 10% do Orçamento da União para a saúde pública;

– Transporte público de qualidade e por um plano municipal de mobilidade urbana;

– Fim do Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização;

– Reforma Agrária e Reforma Urbana;

– Pela democratização da mídia

– Reforma Política – Plebiscito já!

– Fim dos leilões do petróleo.

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