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Desemprego e inflação são principais problemas do país, aponta pesquisa

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o desemprego é o maior problema para 41% dos brasileiros; 45% acham que combate à pobreza deve ser a prioridade número 1 do governo

Com informações da agência de notícias da indústria
José Cruz / Agência Brasil
Desemprego atinge 11,6% da população brasileira

Desemprego atinge 11,6% da população brasileira

Com o desemprego atingindo 12,4 milhões de pessoas (11,6%), segundo a Pnad Contínua de janeiro, o tema é a principal preocupação dos brasileiros. É o que aponta a pesquisa Brasileiros e Pós-Pandemia, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o levantamento, o desemprego é o maior problema para 41% dos brasileiros. Na sequência, aparece o custo de vida e a inflação, com 40% das respostas, e a corrupção com 30%.

Completam a lista de 23 problemas apontados pelos brasileiros a educação (5º lugar), a saúde (8º) e a segurança (17º).

Quando são levados em consideração a escolaridade, renda e região do país, os problemas mudam. O custo de vida aparece como o principal problema para 39% das pessoas e a pobreza para 26%. Nesse recorte, o desemprego fica em terceiro, com 28% das respostas.

No caso de quem tem renda acima de cinco salários mínimos, a inflação é a maior problema, correspondendo a 37% dos entrevistados. Na população com renda abaixo dos cinco salários mínimos o desemprego aparece como maior problema.

No Sul, Norte e Centro-Oeste, o custo de vida também aparece em primeiro lugar. O desemprego é o principal problema para a população que mora no Sudeste e no Nordeste.

Foguinho/Imprensa SMetal
“Nossa gente não aguenta mais quatro de ano de um governo que só busca beneficiar os empresários e a si próprio

“Nossa gente não aguenta mais quatro de ano de um governo que só busca beneficiar os empresários e a si próprio

Para Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), o resultado da pesquisa não é uma surpresa. “Desde o golpe, em 2016, os governos vieram com uma pesada agenda de retirada de direitos com o discurso de que eram necessários para gerar postos de trabalho. Foi uma grande mentira. Saímos do pleno emprego com Dilma, para uma alta alarmante de desemprego. Além disso, todo esse cenário contribuiu para o aumento da informalidade e de trabalhos precários”.

Prioridades dos brasileiros

A pesquisa da CNI também perguntou qual deve ser a prioridade do governo em 2022. O combate à pobreza foi o tema mais citado, com 48% das respostas.

Outros 31% acham que o aumento do salário mínimo deve ser o centro da atenção governamental, além de 28% que querem a queda da inflação.

A preocupação com o custo de vida e a perda do poder de compra tomou o lugar de prioridades mais tradicionais como saúde, educação e segurança.

Leandro lembra que a renda também caiu. “Tivemos anos seguidos de aumento real dos salários, com Lula e Dilma, garantindo poder de compra para as pessoas. Agora, o salário mal cobre a inflação e isso pesa no bolso do trabalhador, que a cada dia mais tem dificuldade para garantir um prato na mesa da família”.

O combate à corrupção foi assinalado por 23% dos respondentes, seguido por geração de empregos (21%). Apenas um quinto dos brasileiros consideram a educação prioridade, 18% elegeram o combate à pandemia e 12%, os serviços de saúde. O tema segurança e combate à criminalidade recebeu a menção de apenas 5% da população.

O presidente do SMetal enfatiza que é preciso mudar esse cenário. “Nossa gente não aguenta mais quatro de ano de um governo que só busca beneficiar os empresários e a si próprio. Precisamos de governantes comprometidos com a classe trabalhadora. Podemos criar postos de trabalho com segurança e direitos garantidos. Só assim vamos movimentar a economia e crescer novamente”.

A pesquisa Brasileiros e Pós-Pandemia foi realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB, e ouviu 2.016 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal.

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