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NOTA OFICIAL

CUT vai às ruas para impedir o golpe e o retrocesso

A CUT divulgou nota em repúdio à "atitude chantagista e antidemocrática do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff"

Imprensa SMetal
Foguinho

Em agosto de 2015, a CUT e movimentos sociais promoveram ato em defesa da democracia, em São Paulo

A Central Única dos Trabalhadores divulgou nota na quinta-feira, dia 3, em repúdio à “atitude chantagista e antidemocrática do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff”.

Segundo a nota, assinada pela executiva da entidade, a ação do presidente da Câmara foi uma retaliação ao Partido dos Trabalhadores após deputados da legenda terem declarado que votariam a favor da abertura do processo de cassação do mandato de Cunha.

“Diferentemente de Cunha, acusado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de manter contas não declaradas na Suíça e que é alvo de processo no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, contra Dilma não existe sequer uma denúncia de prática de ato ilícito”, afirma a nota.

No documento a CUT convoca a sociedade brasileira a se unir em prol de uma agenda de crescimento econômico e desenvolvimento social e contra o retrocesso e o golpe.

Leia abaixo a íntegra da nota da CUT sobre o pedido de impeachment contra a presidente Dilma:

“CUT vai às ruas para impedir o golpe e o retrocesso

A Central Única dos Trabalhadores repudia a atitude chantagista e antidemocrática do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff, como retaliação ao fato de o PT ter declarado que votará pela admissibilidade do processo de cassação contra ele no Conselho de Ética.

Diferentemente de Cunha, acusado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de manter contas não declaradas na Suíça e que é alvo de processo no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, contra Dilma não existe sequer uma denúncia de prática de ato ilícito.

A sociedade brasileira, que lutou contra a ditadura militar não vai aceitar passivamente esta tentativa declarada de golpe de Estado. O mandato da presidenta Dilma foi outorgado pelo povo de maneira transparente e democrática e só termina em 2018.

Vamos às ruas lutar pelo Estado Democrático de Direito, contra o golpe e o retrocesso, em defesa do mandato da presidenta Dilma e, também, pela mudança da política econômica e pelo desenvolvimento econômico, com justiça social e distribuição de renda.

Conclamamos a sociedade brasileira, especialmente os movimentos sociais e populares, as centrais sindicais e o Congresso Nacional, a superar as divergências políticas e se unir em torno de uma agenda em prol do Brasil, uma agenda de crescimento econômico e desenvolvimento social.

– Não ao golpe e ao retrocesso!

São Paulo, 3 de dezembro de 2015.

Executiva Nacional da CUT”

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