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CUT solidária à KCTU contra o desgoverno sul-coreano

Por organizar protesto, presidente da central é condenado a 5 anos de prisão

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CUT-Brasil se soma à luta do sindicalismo sul-coreano por liberdade e justiça

Representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), José Celestino Lourenço (Tino) participou nesta segunda-feira, em Seul, da manifestação pela libertação do presidente da Confederação Coreana dos Sindicatos (KCTU), Han Sang Gyun, de mais seis sindicalistas encarcerados em presídios sul-coreanos e outros 20 mantidos sob custódia.

Detido na sede da KCTU desde dezembro de 2015, Han Sang Yun foi condenado de forma injusta e absurda a cinco anos de prisão em razão de suas atividades para organizar a greve e a manifestação nacional contra a reforma trabalhista neoliberal impulsionada pelo governo do presidente Park Geun-Hye. Entre as acusações do governo direitista contra o dirigente estão a “obstrução especial de dever público”, “obstrução geral do tráfego” e “incentivar a luta contra a reforma da lei trabalhista que flexibiliza direitos dos trabalhadores”. Mais claro impossível.

Trabalhadores protestam contra abusos e atropelos do governo

“Em primeiro lugar, Fora Temer. Temer é o presidente interino, golpista e usurpador do estado de direito no Brasil. Trago uma saudação da CUT Brasil e estou aqui para prestar nossa solidariedade ao companheiro presidente da KCTU e a todos os companheiros detidos injustamente”, afirmou Tino em sua saudação. Conforme lembrou o dirigente, “a CUT-Brasil tem como princípio a defesa do direito de organização desde o local de trabalho, bem como a defesa do direito de greve, de manifestação, de negociação coletiva, como definem as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT)”. Por isso, enfatizou, “no Brasil, como aqui, não aceitamos a tentativa da implantação de uma nefasta reforma neoliberal que retira direitos da classe trabalhadora para aumentar ainda mais os lucros dos capitalistas”. “Basta de retrocesso. Exigimos a libertação imediata do nosso companheiro e que seja feita justiça em nome da democracia. Liberdade para Han Sang Gyun. Até a vitória e viva a unidade da classe trabalhadora”, declarou.

Manifestantes tomam as ruas de Seul para exigir liberdade

O secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, informou que a central vai acionar os organismos internacionais como a OIT e a comissão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para que barre a sequência de abusos e atropelos cometidos pelo governo sul-coreano. “Não vamos permitir a continuidade de tantos e tamanhos abusos contra os trabalhadores, contra a sociedade e contra a própria democracia para favorecer a ganância de uns poucos empresários”, destacou.

O presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Antonio Felicio, assinalou que a entidade se empenhará em fazer ecoar as palavras por liberdade e justiça para os sindicalistas sul-coreanos por todo o planeta. “A unidade e a mobilização da classe trabalhadora são fundamentais para fazer valer os nossos direitos, barrar retrocessos e garantir a construção de uma nova sociedade em que os interesses de uma elite parasitária não se sobreponha aos da coletividade”, concluiu.

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