As obras na construção do hipermercado Tauste, na Avenida Itavuvu, têm gerado transtornos para os moradores do Residencial Palo Alto, que fica ao lado. A movimentação das máquinas no local acarretou a queda de parte do muro do condomínio, colocando em risco a segurança e a privacidade dos moradores.
De acordo com Nádia Fernandes, síndica no condomínio há 12 anos, em fevereiro a equipe que trabalha na construção do hipermercado retirou muita terra e toda a vegetação do terreno ao lado do condomínio. Com isso, o muro do estacionamento perdeu resistência e caiu. “O muro caiu no dia 21 de fevereiro deste ano. Foi na madrugada daqueles dias de muita chuva. Uma semana antes, o pessoal que trabalhava no local passou com a máquina e tirou muita terra. Quando deu a primeira chuva, o muro caiu”, explica.
Segundo Nádia, já aconteceram vários furtos desde a queda do muro. “Com o muro desse jeito já entrou gente no condomínio e roubou câmeras de segurança, já tentaram abrir carros, já roubaram bicicleta. Nós estamos em uma situação terrível”.
Após a queda, a arquiteta Samira Charabe de Godoi foi contratada pelos moradores para acompanhar o caso. Segundo ela, a Secretaria de Obras já foi procurada várias vezes, mas não deu nenhum retorno sobre as reivindicações feitas. “Eles nem esclarecem de quem é a área.
Nós precisamos de um retorno sobre esse caso, vamos ter que falar diretamente com o secretário do prefeito, porque não tem condição do jeito que está”, explica.
Samira conta que o muro foi feito corretamente há mais de 20 anos e que a equipe responsável pelas obras do hipermercado não se responsabiliza pela queda. “Eles deveriam ter feito um respaldo no muro e retirar aos poucos o acúmulo de terra. Dessa maneira, eles poderiam erguer o muro deles e depois retirar a terra que estava beirando o muro e as árvores”.
Encaminhamento – O vereador metalúrgico Izídio de Brito (PT) também esteve no local e comprovou a denúncia feita pelos moradores. Segundo ele, tanto o dono do hipermercado quanto a prefeitura serão acionados para buscar uma solução para o caso. “Eles têm que tomar a decisão de fazer as obras do muro sem custo nenhum para os moradores porque tem risco com a caixa de luz, o esgoto está prejudicado. Então, tem uma tensão total dessas famílias e nós vamos fazer os encaminhamentos e exigir que as obras sejam refeitas o mais breve possível”.
Atualmente 32 famílias moram no condomínio residencial Palo Alto, que fica na Avenida Itavuvu, 2.151.