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Desenvolvimento sustentável

Confira oito medidas do Governo Lula que devem alavancar indústria

Dirigentes do SMetal destacam que é necessário pensar em ferramentas que possam preparar os trabalhadores para essa nova realidade

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Ricardo Stuckert/Flickr Lula

Articulação com as montadoras como Volkswagen, Stellantis, General Motors e a chinesa BYD, que somam mais de R$41 bilhões de investimentos na indústria automotora na próxima década

No último ano, o Governo Federal divulgou uma série de medidas de investimento na indústria, com foco no desenvolvimento sustentável da indústria. [confira abaixo a lista] Além disso, montadoras estão anunciando bilhões em investimentos no setor, mas são os sindicatos que estão acompanhando este debate para garantir os direitos dos trabalhadores. É o caso do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal). 

Os diretores do SMetal estão atentos aos debates sobre a indústria e destacam que é necessário pensar em ferramentas que possam preparar os trabalhadores para essa nova realidade que se apresenta, uma vez que as novas tecnologias demandam atualização e reciclagem profissional.

“Vemos a retomada da indústria com bons olhos, pois não existe um país que se desenvolva sem uma indústria forte”, comenta o presidente do SMetal, Leandro Soares. Para ele, os trabalhadores podem se beneficiar dessa nova política, que deve gerar mais renda para aqueles que atuam nas indústrias. “Nosso papel, enquanto movimento sindical, é ficar atento nestas mudanças, porque não se pode falar em indústria sem falar em empregos e trabalho decente para a categoria”. 

Confira abaixo uma lista de todas as medidas:

– Reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão que reúne trabalhadores, empresas e governo e é responsável por definir as diretrizes e as prioridades da política industrial brasileira.

– Reformulação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), que visa incentivar a produção de componentes eletrônicos essenciais para a indústria 4.0.

– Programa de enfrentamento ao Custo Brasil, que consome R$1,5 trilhão das empresas anualmente e é resultado de um sistema tributário burocrático e oneroso, baixa infraestrutura, instabilidade econômica e jurídica, educação ineficiente, entre outros entraves, que encarecem os custos produtivos no Brasil.

– A retomada da política comercial, que busca ampliar o acesso a mercados externos e aproveitar as oportunidades comerciais decorrentes da transição energética e da agenda ambiental.

– Articulação com as montadoras como Volkswagen, Stellantis, General Motors e a chinesa BYD, que somam mais de R$41 bilhões de investimentos na indústria automotora na próxima década.

– A Nova Política Industrial (NIB), que prevê o repasse de R$300 bilhões para atrair investimentos privados. Entre as missões elencadas pelo governo, estão: fortalecer as cadeias agroindustriais, garantindo a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros; produzir, nacionalmente, até 70% dos itens médicos como medicamentos, vacinas e equipamentos; também há um eixo que fala sobre ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir a emissão de carbono da indústria nacional.

– A terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve prever investimentos públicos federais de R$371 bilhões para os próximos quatro anos em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos.

– O Plano Mais Produção (P+P) visa oferecer diferentes linhas de crédito, equity e recursos não reembolsáveis para alavancar a produção e a inovação industrial.

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