A negociação garante o recebimento de salários, benefícios e estabilidade de emprego durante a vigência da suspensão do contrato aos trabalhadores da
Em assembleia virtual, realizada nesta quarta e quinta-feira, 15 e 16, os trabalhadores da Edscha aprovaram a suspensão do contrato de trabalho por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. O acordo se deu através de negociação do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) para garantir que os funcionários da empresa fiquem em casa, protegidos do coronavírus.
A negociação garante o recebimento de salários e benefícios e estabilidade de emprego durante a vigência da suspensão do contrato, que abrange os trabalhadores e trabalhadoras da produção e do administrativo. O primeiro período da suspensão tem início em 20 de abril.
A assembleia virtual contou com a participação de 356 (82,98%) trabalhadores de um total de 429. O resultado da votação foi o seguinte: 348 (97,75%) favoráveis, 3 (0,84%) contrários e 5 (1,4%) abstenções.
Para o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, o acordo é bastante positivo. “Em tempos de crise, precisamos entender a necessidade das empresas, que não estão produzindo e, portanto, tem o faturamento reduzido. Mas, principalmente, nosso dever é garantir que o trabalhador não fique sem salário para pagar as contas e colocar comida na mesa”.
O presidente do Sindicato, Leandro Soares, lembra da importância de ter a entidade à frente da negociação. “Nos termos da MP 936, o salário do trabalhador teria uma grande redução. Com o acordo negociado por nós, o trabalhador garante uma renda maior e fica seguro em casa com seus familiares”.
Assembleia online
Para que os trabalhadores possam aprovar ou reprovar acordos coletivos negociados pelo Sindicato neste período de isolamento social, em parceria com a Pandora Soluções, o SMetal criou uma ferramenta de assembleia online, com acesso exclusivo dos trabalhadores e trabalhadoras de determinada empresa.
A ferramenta de votação online faz uso de conexão segura e criptografada. Ela foi criada para garantir que a empresa nem o Sindicato tenham acesso à escolha do trabalhador, apenas a quantidade de votos favoráveis ou não ao acordo.
