No protesto, manifestantes seguravam faixas pedindo a saída de Temer
Cerca de 100 mil pessoas foram à Avenida Paulista, em São Paulo, na última sexta-feira, dia 10, protestar contra o golpe e as medidas que vem sendo adotadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
No protesto, manifestantes seguravam faixas pedindo a saída de Temer e que não que fossem retirados os diretos sociais e trabalhistas conquistados.
O ato unificado foi convocado pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo sem Medo e reúne movimentos e centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE), CTB, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), entre outros.
“A manifestação tem como principal mote o Fora Temer. Porque não entendemos que este seja um governo legítimo, não reconhecemos esse governo e principalmente porque ele é um governo de ataque aos movimentos sociais e de ataque aos direitos sociais e de criminalização dos movimentos sociais e de repressão”, disse Carina Vitral, presidente da UNE.
De acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT, “a coisa mais importante que foi construída nesse processo todo foi essa linda unidade da esquerda e dos movimentos sociais para impedir o impeachment e retomar a democracia”.
Presente no ato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o que o governo Temer quer é fazer um desmonte no país. “Quando eu fui eleito, eu tinha uma obsessão: era provar que um peão de fábrica sem diploma poderia governar esse país melhor”, lembrou. “Eles querem promover um desmonte do país. Eles têm medo das coisas públicas, porque não sabem governar, só sabem privatizar”, criticou.
Lula criticou ainda os cortes que Temer está fazendo em áreas estratégicas como educação e saúde e também os cortes nos ministérios.
“Não é possível imaginar que alguém não tenha sensibilidade para entender a questão dos negros da nossa sociedade que foi escravizada por muitos anos. Não é possível que não reconheça a violência contra os direitos humanos, a violência na periferia, contra os pobres e acaba com ministério dos Direitos Humanos”, indignou-se Lula.
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