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Campanha Salarial 2020: Patrões se recusam a discutir estabilidade

Com o entrave nas discussões sobre a manutenção dos postos de trabalho durante a pandemia, negociações da FEM com as bancadas patronais seguem sem muitos avanços; reuniões são realizadas virtualmente

Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Divulgação
Na quarta-feira, dia 29, dirigentes da FEM/CUT se reuniram virtualmente com os representantes do Grupo 8-3

Na quarta-feira, dia 29, dirigentes da FEM/CUT se reuniram virtualmente com os representantes do Grupo 8-3

A Campanha Salarial 2020 dos Metalúrgicos da CUT tem como tema central a manutenção dos postos de trabalho no período de pandemia, ao menos por parte dos representantes dos trabalhadores, que tentam o todo custo levantar essa pauta. Porém, os patrões se recusam a conversar sobre o assunto.

Com o entrave, as discussões com os sindicatos patronais seguem sem muitos avanços. Na última quarta-feira, dia 29, dirigentes da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) se reuniram virtualmente com os representantes do Grupo 8-3. O G2 terá a primeira reunião nesta quinta-feira, 30.

O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, conta que os empresários se recusam a discutir a estabilidade. “Os patrões brasileiros são insensíveis à pandemia e não querem discutir a manutenção de empregos. Mesmo com aprovação pelo Congresso de medidas que permitem instrumentos para manter a estabilidade neste período, a maioria do empresariado se recusa a conversar sobre o tema”.

“Na prática eles querem jogar nas costas do trabalhador, somente do trabalhador, o prejuízo de toda a crise, mesmo tendo instrumentos que permitam reduzir jornada, suspender contrato, fazer acordo de layoff, de banco de horas. Eles, sequer, aceitam sentar pra conversar, e quando aceitam, não querem nem ouvir falar do tema”, denunciou.

Luizão destacou que num cenário como este é fundamental o trabalhador ter tranquilidade. “Ele já é açoitado pela possibilidade de ficar doente, uma doença grave que não tem cura, o que poderia trazer um pouco mais de tranquilidade é ele saber que, num período próximo, não teria o fantasma do desemprego também o assombrando. Mas, infelizmente, o empresariado não se preocupa com o povo trabalhador brasileiro”.

“O que tenho perguntado pra eles de maneira muito direta é, se esse não é o momento de tranquilizar o trabalhador, então quando será?”, conta.

Aos companheiros e companheiras nas fábricas, o presidente da Federação orienta: “É preciso começar a discutir internamente de que maneira podemos enfrentar esse posicionamento, cruel, arcaico e retrógrado do empresariado”.

Segundo o dirigente, entre as discussões que evoluíram está a criação de um protocolo para todas as empresas metalúrgicas sobre condições sanitárias, de higiene, saúde e segurança.

Eixos da Campanha 2020

Este ano, os eixos estão focados na exigência de melhores condições de saúde e segurança e garantia de emprego. O tema é “Companheir@s! Tamo junto pela vida, emprego e renda”. Os eixos são: por melhores condições de saúde e segurança; por melhores condições sanitárias e de higiene; aumento salarial; pela manutenção de todos os direitos; pela nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos. Outro eixo é a defesa urgente de um projeto de reindustrialização do país.

Confira quais são as bancadas patronais que negociam com a FEM/CUT

• Sindicel

• Grupo 8.2 (Sicetel e Siescomet)

• Grupo 8.3 (Sinafer, Simefre e Siamfesp)

• Sindratar

• Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees)

• Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa)

• Fundição

• Grupo 10 (Fiesp e outros)

• Estamparia

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