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PL 4330

Aprovação do projeto mostra comprometimento dos deputados com os financiadores das campanhas

Projeto de lei que amplia terceirização segue para o Senado, após votação de 230 a favor a 203 contra. Para os sindicalistas do SMetal, a votação deixa claro o comprometimento dos políticos com as empresas por causa dos financiamentos de campanhas

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal

Para Terto, é clara a relação dos deputados com os financiadores de campanha

Além da CUT, a OAB, os movimentos sociais e outras entidades de classe repudiam o projeto de ampliação que prejudica os trabalhadores como um verdadeiro ataque aos direitos trabalhistas.

Mesmo contra a vontade do povo e, portanto, de seus eleitores, os deputados federais Vitor Lippi (PSDB), de Sorocaba e Herculano Passos (PSD) e Missionário José Olímpio, ambos de Itu, votaram a favor da terceirização em atividade-fim. Já o deputado federal Jefferson Campos (PSD), de Sorocaba não participou da votação de ontem, 22. Mas na primeira votou a favor.

Para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) a aprovação de ontem, 22, do projeto que amplia a terceirização até em atividade-fim, na Câmara dos Deputados, mostra o comprometimento dos políticos com os financiadores das campanhas eleitorais.

“Por isso, é de extrema necessidade, para a sobrevivência da democracia no Brasil, a reforma política com uma Constituinte Exclusiva e Soberana, ou seja, feita por um outro parlamento que não esteja ligado à bancada empresarial, como esse atual”, destaca o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.

A reforma política defendida pelos movimentos sociais tem como principal objetivo acabar com o financiamento empresarial de campanha. “A votação a favor da terceirização pelos deputados é mais uma demonstração de que esse Congresso Nacional não tem capacidade de ser democrático, pois está longe de representar o povo”, afirma o vereador Izídio de Brito (PT) e ex-presidente do SMetal.

Apesar do cerco político contra os direitos trabalhistas os sindicatos ligados à CUT continuarão os protestos contra a ampliação da terceirização. O projeto de lei, aprovado na Câmara, segue agora para o Senado.

Empresa de terceirização patrocinou Lippi

Durante a campanha eleitoral para o parlamento, Lippi, ex-prefeito de Sorocaba, recebeu R$ 200 mil de doação justamente de uma empresa do ramo da terceirização, a Litucera, que integra o Consórcio Sorocaba Ambiental e está disputando a licitação de serviço de coleta de lixo em Sorocaba.

Essa mesma empresa foi alvo de investigação de CPI, na Câmara, no ano passado, por problemas com a coleta e destinação do lixo na cidade.

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