Depois de sete dias em greve, com adesão total da produção, os metalúrgicos da Schaeffler conquistaram o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2018 com 13,82% de crescimento em relação ao valor do ano passado. A aprovação da proposta aconteceu em assembleias nesta quarta-feira, dia 4, com todos os turnos.
“Não foi uma conquista fácil. A empresa colocou todos os empecilhos que poderia. No começo queria até impor metas inatingíveis. Mas a mobilização foi maior e os trabalhadores mostraram toda a garra. Agora, a luta continua por grade salarial e outras pautas que estão represadas. Sem contar que daqui a um mês, praticamente, estaremos na Campanha Salarial”, destaca o vice-presidente do SMetal, Valdeci Henrique da Silva (Verdinho), membro do Comitê Sindical de Empresa (CSE).
O Sindicato deu todo apoio à legítima greve e esteve presente em todas as mesas de negociação. O acordo, que contou com o embasamento do departamento jurídico do SMetal, conquistou também estabilidade de três meses aos trabalhadores; pagamento da primeira parcela para esta quinta-feira, 5, e da segunda em janeiro de 2019; pagamento da cota de custeio negocial; além do acordo ser válido apenas para este ano.
No acordo, inclusive, a empresa assumiu 100% dos dias parados, ou seja, os trabalhadores não terão que fazer compensação.
“A semana de greve foi cansativa, mas o respeito foi conquistado. A Schaeffler vinha mantendo uma postura de intransigência e de descumprimento às assembleias, instância máxima de decisão. Revertemos esse quadro e avançamos”, ressalta o presidente do SMetal, Leandro Soares.
Leandro pontua ainda que essa greve serve de exemplo para toda a categoria. “A unidade e a resistência nos levará a grandes conquistas. Serve de recado também para as empresas que quiserem aplicar a Reforma Trabalhista e não quiserem dialogar”.
Relembre o histórico dessa luta dos metalúrgicos da Schaeffler.