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Editorial

A oposição não pode parar o país

O ano está acabando e foi sim um ano duro, de muitas lutas e desgastes sociais e políticos. O povo precisa respirar em 2016 um clima de estabilidade democrática, com uma economia destravada

Imprensa SMetal
Arte: Lucas Delgado

O ano está acabando e foi sim um ano duro, de muitas lutas e desgastes sociais e políticos. O povo precisa respirar em 2016 um clima de estabilidade democrática, com uma economia destravada.

Para isso, o país precisa recomeçar a andar. Os interesses pessoais serem substituídos por interesses coletivos; mídia e políticos da oposição ao Governo Federal não podem continuar armando farsas e viralizando boatos como se fossem verdades.

As investigações contra corrupção precisam ser apuradas e os envolvidos em trapaças políticas condenados. A exemplo do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).

Ele já foi desmascarado por ter contas ilegais na Suíça, já foi comprovado corrupções e artimanhas para privilégio pessoal em sua trajetória, que inclui envolvimento em escândalo da época de PC Farias/Collor, desvio de verbas de estatais, etc.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nessa terça-feira, dia 8, o processo de impeachment da presidente Dilma. O processo foi aberto “por vingança” de Eduardo Cunha, porque o PT não o protegeu da abertura de um processo no Conselho de Ética da Câmara.

Sem provas, sem crime, a proposta de impeachment é uma clara tentativa de golpe contra a presidente Dilma e também contra a democracia brasileira. Sem previsão na Constituição, na legislação brasileira ou no Regimento Interno da Câmara, queriam fazer uma votação secreta, que foi suspensa pelo STF.

Cunha é aquele que acelerou a terceirização, que acelerou a redução da maioridade penal, que tocou uma reforma política de mentirinha para enganar o povo, que queria ampliar a possibilidade de empresas financiarem campanhas políticas, como a dele.

Ter uma oposição é saudável, mas ela não pode ser irresponsável e gerar ações de ódio, de violência e propostas inconsequentes como essa.

Essa instabilidade política foi o que agravou a crise no país. Foi o golpismo, e não a corrupção, que transformou um problema político em econômico.

A crise mundial, iniciada por volta de 2008, nos EUA, principalmente, demorou sete anos para atingir o Brasil e os movimentos sociais, as entidades sindicais estão enfrentando a realidade com lutas dignas e bandeiras coletivas.

Em relação às investigações elas devem continuar, inclusive, os casos que envolvem os direitistas como Aécio Neves, processado por destinar dinheiro público para construção de um aeroporto na propriedade de um parente dele.

Em relação à Justiça, cabe a ela julgar e punir com rigor pessoas comprovadamente corruptas. Mas deveria fazer isso sem parar o país. Quando ela trava todos os contratos em andamento da petrolífera, sem critérios que salvaguardem a produção e os trabalhadores, ela coloca em risco centenas de milhares de empregos.

Espera-se da Justiça também que, durante o processo, ela cuide de não permitir o inacreditável vazamento para a Globo de sigilos e segredos judiciais.

Nossos votos para 2016 é que a Justiça e a sociedade organizada derrubem a máscara da direita golpista que, a troco da retomada do poder, manipula a opinião pública e emperra o desenvolvimento do Brasil.

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