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A democracia como réu num Tribunal de Exceção

Diante à condenação do ex-presidente Lula, diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) afirma que outras peças precisarão ser escritas para se retomar o sistema democrático no país

SMetal (Departamento Jurídico)
Ricardo Stuckert
Em ato no dia 23, em Portal Alegre, Lula agradece a solidariedade do povo brasileiro

Em ato no dia 23, em Portal Alegre, Lula agradece a solidariedade do povo brasileiro

O julgamento do recurso do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região nesta quarta-feira, dia 24, ocorreu sobre clima de vigília do povo brasileiro.

Em São Paulo, uma multidão se concentrou na Praça da República. Em Porto Alegre, onde ocorreu o julgamento aproximadamente 80 mil pessoas ficaram em pé clamando por justiça e não perseguição política.

O clima foi de indignação por parte de milhares de brasileiros que acompanharam, ao vivo, um Tribunal de Exceção ao invés de um julgamento baseado na legislação.

Sem provas, o ex-presidente que contabiliza vários marcos históricos realizados no país, como ampliação da oportunidade dos jovens às universidades, retirada do Brasil do Mapa da Fome, entre outros, foi condenado a cumprir 12 anos de prisão. Cabe recurso, mas a ‘justiça’ de Sérgio Moro impede Lula de se candidatar à presidência neste ano.

O Tribunal de Exceção foi montado com muito planejamento pela direita brasileira que não suporta nem a ideia de Lula voltar ao poder. Depois do golpe do PMDB/PSDB, o país aumentou o abismo social, piorando todos os índices sociais.

A elite brasileira (leia-se: parte do judiciário, industriários e a grande mídia) fez tanto esforço para acabar com as conquistas dos governos de Lula que uma das primeiras medidas foi o congelamento de investimentos em programas sociais por 20 anos!

Agora, fecham-se as cortinas do teatro golpista, com essa sessão de um Tribunal de Exceção, onde Lula não foi réu, mas sim a democracia brasileira.

Outras peças serão escritas, pelos trabalhadores, para que o sistema democrático de nosso país seja retomado e que, de uma vez por todas, o juiz Sérgio Moro, assim como Michel Temer (PMDB) assumam seus papéis na história: o de golpistas!

Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal)

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