A Campanha Salarial 2021 chega na reta final com um saldo positivo: 90,5% da categoria já conta com reajuste igual ou superior à inflação de 10,42% (no acumulado de setembro de 2020 a agosto de 2021).
São mais de 36,5 mil trabalhadores com acréscimo nos salários, pago em uma única parcela e retroativo a 1º de setembro, num montante que tem o potencial de injetar cerca de R$ 16,5 milhões por mês na economia local e regional.
Além disso, esses trabalhadores também estão protegidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que garante direitos fundamentais como salário, segurança no trabalho, jornada, estabilidade e, até mesmo, aposentadoria.
A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região trabalharam com firmeza durante meses para negociar com as bancadas patronais. Adilson Faustino (Carpinha), dirigente do SMetal e secretário de finanças da FEM/CUT, lembra que em todo período de negociação os empresários queriam reajuste abaixo da inflação e parcelado em até três vezes.
“Enquanto os trabalhadores penavam com o aumento generalizado do custo de vida, o patrão continuou lucrando. E esse lucro só foi garantido com o trabalho duro de homens e mulheres que saíam de suas casas mesmo durante a pandemia da Covid-19 para continuar produzindo. Travamos um processo de negociação difícil para chegar nesse resultado e garantir dinheiro no bolso dos trabalhadores, além de proteção fundamental dos direitos”, destaca ele.
Leandro Soares, presidente do SMetal, conclui: “estivemos na porta de dezenas de fábricas falando com a categoria e ela atendeu ao nosso chamado de mandar um recado claro para o patrão: o trabalhador não aceitava reajuste à prestação e nem abaixo do que era minimamente justo com o cenário. Foi essa capacidade de luta que nos deu forças para enfrentarmos os empresários. Por isso, essa vitória é de todos os metalúrgicos e metalúrgicas”.
Confira as propostas aprovadas em cada grupo patronal: