A partir do dia 5 de junho o metalúrgico, Izídio de Brito se licenciará de seu cargo enquanto secretário de organização do SMetal, para ser pré-candidato nas eleições municipais deste ano, em Sorocaba. Figura conhecida das ações do Sindicato, Izídio concedeu entrevista especial para a Folha Metalúrgica. Confira:
Você está se afastando do Sindicato para ser pré-candidato a vereador. O que te levou a essa decisão?
Nosso sindicato tem uma história importante de ação sindical e cidadã, e é nesse lugar que me formei politicamente. Meu objetivo é estar, mais uma vez, nesse espaço político para representar não só a categoria metalúrgica, mas todos os trabalhadores da cidade.
Você sempre esteve muito ligado à questão do Sindicato Cidadão. Você acredita que as pautas sociais defendidas por esse segmento podem ser ecoadas nos espaços políticos?
Sim, eu acredito muito. A atuação do SMetal é responsável por boa parte de discussões de qualificação profissional na cidade. Somos pioneiros no combate à fome, com a criação do BAS e na criação do Fórum Regional de Desenvolvimento, que gerou a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Mas Sorocaba ainda é muito desigual, portanto, o conceito de Sindicato Cidadão já deu frutos, mas ainda tem muito no que caminhar.
Na sua visão, quais são os problemas mais emergenciais que a população da cidade tem enfrentado?
O investimento na saúde pública precisa ser uma prioridade, especialmente a saúde preventiva, que foi desmontada pela terceirização. Além disso, precisamos fazer um grande balanço da educação e fazer um planejamento de construção de creches e escolas integrais.
Estamos falando bastante de crescimento econômico, investimento na indústria e criação de emprego. Como Sorocaba pode ser posicionada neste cenário?
O crescimento econômico tem que proporcionar novas oportunidades, geração de emprego e distribuição de renda, por meio de serviços estatais, como saúde, moradia e educação, e não pode servir apenas para uma minoria.
A RMS é um importante polo industrial e tem muito potencial, mas precisamos que o poder público tenha interesse em planejar esse processo. Então, a Câmara precisa propor debates com a população sobre a importância do investimento produtivo e como isso, impacta em todas as áreas da economia.
Qual seu recado para a categoria?
Somos uma categoria ousada, que sempre foi a linha de frente de todas as lutas pelos os direitos da classe trabalhadora. E temos que continuar assim: reivindicando nossos direitos e disputando os espaços de poder.
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