![A pauta aprovada pelos dirigentes sindicais no sábado, dia 8, será levada para deliberação também dos trabalhadores da base](https://smetal.org.br/wp-content/uploads/2019/06/E161218-F00001-O773-1200x762.jpeg)
A pauta aprovada pelos dirigentes sindicais no sábado, dia 8, será levada para deliberação também dos trabalhadores da base
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) realizou no último sábado, dia 8, em São Carlos, uma plenária estatutária para debater e aprovar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2019. A data-base da categoria é 1º de setembro.
Com a participação de dirigentes de Sindicatos ligados à Federação em todo o Estado, as sugestões e eixos deliberados na plenária serão levados para aprovação dos trabalhadores em assembleias nas bases.
Os eixos aprovados foram: reajuste salarial pelo INPC mais aumento real; pela manutenção e aplicação da CCT; por respeito às entidades sindicais; contra o fim das NRs (Normas Regulamentadoras) e pela redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário.
O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, lembrou que como alguns grupos fecharam Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos, neste ano, serão elaboradas dois tipos de pautas de reivindicações. “No Sindicel, Sindratar, Sifesp, Grupo 2 e Grupo 3, teremos uma pauta parcial, com foco nas cláusulas econômicas. Já nos demais grupos patronais, serão negociadas também as cláusulas sociais por dois anos”, explicou.
![Segundo Luizão, presidente da FEM-CUT, o combate à carteira verde amarela, proposta pelo governo Bolsonaro, também terá destaque na Campanha Salarial de 2019](https://smetal.org.br/wp-content/uploads/2019/06/E161448-F00001-E711-1200x762.jpeg)
Segundo Luizão, presidente da FEM-CUT, o combate à carteira verde amarela, proposta pelo governo Bolsonaro, também terá destaque na Campanha Salarial de 2019
Em defesa dos direitos
O combate à carteira verde amarela, proposta pelo governo Bolsonaro (PSL), também terá destaque na Campanha Salarial deste ano. “Além de todos os ataques que os trabalhadores e o movimento sindical vêm sofrendo nos últimos dois anos, o atual governo propõe a criação de uma carteira de trabalho que retira direitos e submetem o trabalhador a situações precárias”, critica.
E afirmou: “isso não vamos aceitar. Nossa luta é e sempre será pela manutenção de direitos e por mais empregos dignos”. A pauta deve ser entregue às bancadas patronais no início de mês de julho.
Além de representantes dos 14 sindicatos filados à FEM-CUT/SP, a plenária contou com a participação do Secretário-Geral da CUT, João Cayres, que fez uma análise de conjuntura sobre a situação econômica e política do País, além de reforçar a importância da participação de Sindicatos do ramo metalúrgico na greve geral, nesta sexta-feira, dia 14 de junho.
INPC de Maio
Durante a plenária, a economista do Dieese Subseção FEM-CUT/SP, Caroline Gonçalves, apresentou dados sobre a situação econômica no País e da base de Federação, que irão nortear as negociações de Campanha Salarial 2019.
Segundo ela, na última sexta-feira, dia 7, foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) de maio, que registrou variação de 0,15% na inflação.
“No acumulado desde setembro de 2018, última data-base dos metalúrgicos, a perda dos trabalhadores da categoria está em 3,05%; mas ainda faltam os índices de junho, julho e agosto”, afirma.
Na mesma época da última Campanha Salarial (setembro de 2017 a maio de 2018), o índice acumulado era de 1,93%.